Capitulo 4

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POV Toni ;

Mais um dia de trabalho para mim, mais um dia como humana e de uma forma esquisita eu me senti feliz, pois era um dia em que eu veria Madi e obviamente Cheryl.

Quando vi Madi pela primeira vez eu me encantei, eu não sabia o porquê até ver de quem ela é filha e então entendi tudo.

Enquanto vestia minha camisa social branca como de costume por dentro da saia, eu estava presa em meus pensamentos e nem me dei conta de que estava sendo observada.

- Quando você vai parar de brincar de ser humana e fazer logo o que você está destinada a fazer? - a voz de Roberto ecoou pelo meu quarto me trazendo de volta a realidade.

Ele sempre aparece em momentos inoportunos, quando eu decido estar bem ele aparece. Ele não é um demônio e sim um anjo que foi enviado para monitorar qualquer demônios que ousassem ir além do que lhe é permitido, na verdade vocês já deveriam saber, anjos são sempre incovenientes.

- Eu vou fazer, Roberto - falei me virando para ele - Vou fazer no momento que eu decidir que tenho vontade, no momento eu quero curtir um pouco.

- E você acha que é isso que o Pai quer?

- Eu sinceramente não estou nem aí para o que seu Pai quer, eu preciso ir, tenho compromisso!

- Isso vai lá brincar de babá com a filha dela, você sabe que isso tudo vai acabar destruindo seus planos não sabe? Cheryl não é pra você, Toni, ela não é como pensa.

- Olha, Roberto, por que você não vai procurar outro demônio pra atormentar? Aposto que a Betty está lá esperando o momento em que você vai aparecer pra deixar ela mal novamente com esse assunto de tirar ela de Verônica !

Ah é, tem mais esse assunto também que precisa ser explicado.

Bom, digamos que Betty se recusa a voltar para o inferno, ela não me conhece já que minha legião é diferente da sua. Ela rege um grupo muito maior que o meu, na verdade ela rege o inferno inteiro porém decidiu dividir as atividades, e desde que ela sumiu o inferno está um caos. Não que eu esteja reclamando, na verdade isso é tudo muito bom.

Porém os demônios estão fora de controle ao saberem que sua líder está na terra, em paz e apaixonada por uma humana enquanto eles estão presos e sem direito de fazerem o mesmo. Óbvio que eles não viriam para encontrarem o que Betty chama de paz e sim para fazer o mal.

Fui convocada para convencer Betty a voltar para seu lugar, mas vendo a garota tão feliz e tão leve daquele jeito, me fez perceber que eu não tenho o direito de acabar com a felicidade dela. Fui responsável pela infelicidade de muita gente, concordo, mas não seria responsável pela dela.

- Convença Betty ou então as duas pagarão!

- Tenta a sorte, anjinho - me aproximei do velho que era um pouco mais alto que eu - Tente e eu corto suas asinhas em um segundo!

Eu o encarava com toda a fúria que podia, ele obviamente não conseguia retribuir e eu abri um sorriso de canto quando ele finalmente se deu por vencido.

Em um minuto que Roberto havia sumido do meu quarto, terminei de me arrumar e desci as escadas a espera da campainha ser tocada, já que eu sabia que elas já estavam do outro lado da porta.

No minuto seguinte ouvi o toque da campainha, respirei fundo e abri a porta esboçando um sorriso leve.

- Boa tarde - desejei dando passagem para as duas entrarem.

- Boa tarde, Toni - Madi se jogou em meus braços.

- Parei o trabalho só pra trazê-la aqui - Cheryl falou com um sorriso tímido - Então agora eu estou indo - ela se abaixou em frente a filha - Promete que vai se comportar?

My devilish love | Choni versionOnde histórias criam vida. Descubra agora