CAP.4

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A festa estava acabando e a garrafa não caiu em mim em nenhuma rodada. Devo ser uma "sem-sorte" mas pelo menos o fato de nenhuma garota ter beijado ele me fez sentir um pouco feliz sobre o jogo.

Eu estava indo embora da casa da Jennifer, pegando a chave do carro e indo até a garagem. E lá estava eu, sozinha. Não fiquei com ninguém e nem estava afim além dele, claro.

Entrei dentro do carro e levei um susto de que vi uma silhueta masculina no escuro.

- Puta que pariu, que porra é essa?! - Gritei com um susto.
O corpo estava vindo até minha direção e quando foi na luz, era ele, o Brendon.
- Desculpe, não queria te assustar...- Falou ele apoiado sobre a parede de braços cruzados.
- É díficil não se assustar com alguém escondido no escuro assim. - Ri, de nervoso.

- Perdão - Falou ele com a voz fraca.

- Magina, já foi. Mas o que você faz aqui na garagem sozinho? - Perguntei curiosa sobre essa misteriosidade dele.

- Eu sabia que seu carro estava aqui e que viria quando fosse embora, queria te ver e saber se estava longe daquele cara idiota. - Falou ele.

Engraçado ficar fofo isso mas era estranho também ele se preocupar comigo dessa maneira sendo que a gente mal se conhece.
- Quer carona para a casa? - Perguntei.

-Aceito, eu tenho um carro também mas decidi vir de a pé, eu não moro muito longe daqui. - Falou ele.

- Quer ir dirigindo? - Perguntei tirando as mãos do volante.

- Pode ser, para mim tanto faz - Riu ele.

Assim me retirei do banco e fui para o banco passageiro.

- Seu carro não é muito diferente do meu, ele tem o mesmo estilo antigo que o seu. Falou ele tocando no volante e dando a partida com a chave.

Eu apenas dei um sorriso e me aconcheguei no banco olhando fixamente para ele.

Apertei o portão da garagem que a Jennifer deu para mim sempre que visito ela e saímos de lá.

- Eu estava te olhando hoje na festa, você está linda. - Elogiou ele.

- Obrigada, você também está lindo. - Falei o encarando suavemente.

- Posso te fazer uma pergunta? - Perguntei.

- Claro. - Respondeu.

- Como foi ter beijado aquele cara? Perguntei finalmente.

- Normal, não é a primeira vez que beijei um homem na minha vida. - Respondeu ele rindo.
Eu soltei uma risada calma por estar sem assunto naquele momento.

- Sua casa está perto. - Falei.

- Sim. - Respondeu ele olhando para mim.

E logo já estavámos vendo a casa dele, escura porém com traços lindos e bem conservados.
- Se importa de entrar e tomar uma bebida comigo? - Perguntou ele.

Era estranho essa ideia mas eu estava tão afim dele que aceitei o convite.

Saímos do carro e entramos em sua residência. Ele morava sozinho e tinha um gato preto de estimação, sua casa era organizada e não se gia sujeira ou bagunça alguma, era impecável.

- Pode se sentar, eu pego o vinho para a gente. - Sorriu e foi para a cozinha me deixando sozinha por alguns minutos.

- Voltei, espero não ter demorado muito. - Disse ele.
- Não, até que foi rápido. - Ri.

- Você mora aqui no Texas há quanto tempo? - Perguntou ele.

- Desde dos meus quinze anos de idade. - Respondi sem querer já tocar nos assuntos problemáticos do meu passado a ele.
- Hm, então já faz um tempo. - Disse ele pensativo.

𝐴 𝑃𝑅𝐼𝑆𝐼𝑂𝑁𝐸𝐼𝑅𝐴  Onde histórias criam vida. Descubra agora