Eu vou para o Havaí

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POV Bianca

                     
13 de Maio de 2022

                     

Mordi os lábios e fechei os olhos deixando toda a minha respiração sair.

                     

Como eu iria falar para ela?

                     

- Eu acordei com essas marcas, devo estar com alergia! — Mentiras e mais mentiras!
                   

- Você precisa passar uma pomada...— Se aproximou para ver as marcas de perto. Toquei em suas mãos para retirá-las de cima do meu decote e a encarei. Ela me olhava tão preocupada.

                     

Eu estava sendo extremamente burra por mentir tanto para ela. Rafaella se preocupava tanto, cuidava de mim e estava me dando presentes. Como uma perfeita namorada e eu? Bem...

                     

- Eu já passei, não se preocupe!

                     

Ela puxou suas mãos das minhas e me encarou com lágrimas nos olhos. Senti meu coração ser esmagado e minha barriga embrulhar.

                     

- Você ainda está fazendo programas, né?!

                     

- Não! Ontem você saiu daqui de madrugada e eu estava dormindo, não tem como.

                     

- E porque dessas marcas, então?

                     

- Eu acordei com isso. — Fechei meus olhos sentindo meu coração ser dilacerado por tanta mentira que estava lhe contado. Eu não sou desse jeito, eu não minto, mas para ela, estou extrapolando. Tudo para não machucá-la. — Eu preciso que confie em mim, Rafaella.

                     

- Me desculpa... — Abaixou a cabeça e mordeu o lábio superior. — Eu confio em você... Eu só... Tenho medo. Eu não sei qual seria minha reação se fosse traída.

                     

Engoli seco e toquei sua nuca. Puxei suas mãos pousando-as em minha cintura e ergui seu rosto para me olhar nos olhos.

                     

Lhe dei um selinho antes de aprofundar nosso beijo. De começo, ela parecia assustada, mas acabou se soltando e abrindo a boca para permitir que minha língua lhe invadisse.

                     

Senti seus braços darem a volta em meu corpo e me puxar mais perto. Mordi seu lábio sentindo sua pegada forte e toquei a palma da minha mão em sua bochecha.

                     

Cessamos o beijo com vários selinhos e ficamos nos olhando.

                     

- Está melhor? — Sussurrei. Toquei com o polegar o canto de sua boca e desci os dedos até sua clavícula. Ela concordou com a cabeça e sorriu.

                     

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