A menina que se apaixonou pela morte

cap. 1

Uma linda garota foi escolhida como a queridinha dos Deuses, abençoada com 13 vidas, destinada a proporcionar felicidade e abundância aos humanos.

"Vá doce menina, nós te escolhemos para enviar uma vida de abundância aos humanos. Aprecie nossa benção e faça bom uso dela."

E então, a morte, responsável por levar e trazer as almas, mortas ou à caminho da vida, atravessando o lago cristalino do além, pegou a essência da alma e a colocou em seu lindo colar de pingente negro. atravessou o lago e libertou a alma para que fosse até seu corpo e sua primeira vida.

A morte não gostava de humanos, não gostava do jeito egoísta deles, da forma que eles tratavam uns aos outros e os achava uma forma de vida horrorosa, egocêntricos que achavam que sempre estavam certos, a morte sempre os levava de forma relutante, e em todo seu trabalho como ceifadora de almas, não conheceu ninguém que fosse bom, a alma podia ver a essência dos humanos e nenhuma essência era realmente pura como ela sempre entregava.

Então, depois de entregar a essência da alma ao seu corpo físico para que se tornasse uma alma completa e logo depois um ser humano desprezível.

E então, a menina nasceu, chamada de Girassol por seus pais, com lindos cabelos rebeldes e ondulados, olhos redondos e da cor de uma castanha, uma expressão sempre tranquila e um coração realmente bom.

Girassol não conseguia ignorar pessoas em apuros, machucadas ou tristes, as mulheres principalmente a procuravam para que pudessem conversar, ou comprar algum chá da jovem.

"Oh, pequeno Girassol, meu marido está em seu leito de morte, por favor, me dê algo para curá-lo ou fazê-lo sentir menos dor!" Dizia a mulher de cabelos negros alguns anos mais velha que Girassol.

Então, Girassol a ofereceu um chá, um sorriso gentil e uma boa conversa para que o coração da mulher tivesse paz. Mas alguns dias depois, essa mesma mulher apareceu, com homens que Girassol não conhecia.

"Bruxa! Ela é uma bruxa! Queimem ela na fogueira!!" um homem gritava apontando descaradamente para Girassol.

"Até mesmo sua aparência deplorável entrega que é uma bruxa, ela é tão feia, nenhuma mulher de verdade seria tão feia assim!!" Outro homem gritava, enquanto o desespero de Girassol a consumia.

E então, a voz do povo foi ouvida, Girassol, foi queimada viva em praça pública.

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Mas em sua morte, sequer foi ouvido um grito de dor, desespero ou raiva. Apenas uma lágrima que mal descia sobre seu rosto e logo se evaporava foi testemunha da morte de Girassol.