Primeira Consulta

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Perturbação, assim os moradores do Colorado resumiram aquele lugar, perturbação total.

Aquele hospital psiquiátrico lida com todo tipo de problema.

Os médicos? Eram poucos, a maioria também se tornava um louco.

Louco assim como os pacientes? Não, loucura feita por seus próprios pensamentos, estar em um local como aquele também tornava as pessoas loucas. Loucas na verdade, são quem não se tornou louco ainda, convive em um local obscuro e até agora, havia entregado totalmente sua mente a loucura.

Um lugar imenso, assim como os problemas.

Os "problemas" se variam, em conformidade com cada andar, um paciente que não deveria estar ali de acordo um pensamento, que estava na cabeça de alguns enfermeiros, o andar foi nomeado como: Andar do Neurodesenvolvimento.

Este andar tem diversos "problemas", mas os que se destacam são o Transtorno do Espectro Autista e Distúrbios da Aprendizagem.

Mas um paciente é diferente, não porque tem um problema único, mas por ser diferente dos outros. Hoje o Dr.Tucker, teria de fazer uma visita em sua pequena que atualmente nomeia também "moradia".

Em frente a porta, um cheiro destacava-se , mas aquilo não o incomodou, o que incomodava na verdade, era o fator de ter que passar um tempo com a razão do cheiro.

Girou a maçaneta e adentrou. Estava nervoso, assim esquecendo de antes bater na porta. Dessa forma, recebendo um grito de espanto dentro do cômodo, logo que em um ato de reflexo fechando a porta, suspirando pesadamente.

"Calma Tucker, está tudo bem! Você já tratou problemas piores".

Assim pensou o mesmo.

Bateu na porta duas vezes antes de adentrar, o cômodo não era amplo, mas era o suficiente para no máximo 3 pessoas, alguns aparelhos sem conexão estavam ao lado da cama que estava toda bagunçada, os lençóis recém tirados e um pano grosso o suficiente para aquecer o paciente, que por sinal não estava no leito, mas sim se escondendo atrás dele.

- Com licença, poderia vir aqui por um momento? - O Doutor perguntou.

Um sorriso de canto se manifestava em seu rosto, sua intenção nunca foi o assustar, então, sua única função antes de começar suas anotações era necessário acalmar o paciente - Minha intenção não era lhe assustar, me desculpe.

- V-você veio arrancar informações de mim, n...não é mesmo? - O paciente fez um pergunta com certa dificuldade. Seu medo era perceptível assim como suas tremedeiras.

O doutor deu uma risada interna com a pergunta, não podia deixar de rir com tamanha inocência.

- Não irei arrancar nada de você, não sou agente do FBI para arrancar qualquer informação que seja útil para algum caso. - Olhou para o paciente brevemente, a informação tinha um pingo de piada, mas era apenas para não deixar o clima desconfortável, queria saber o que ocorria no subconsciente do pacientes, mas não trabalhava como os outros doutores. Eles costumavam pôr pressão psicológica, até conseguirem o que queriam, pretendiam deixar as pessoas pressionadas até falarem o quê sentem e pensam.

O menino sai da cama, mostrando seu rosto e aparência, os cabelos eram loiros e bagunçados, os olhos caídos como se não dormisse a meses, a roupa que lhe foi fornecida pelo hospital iam até a metade das cochas, de acordo as enfermeiras o paciente não quis uma roupa de hospital masculina, pois transpirava muito e uma roupa feminina ajudaria na respiração do seu corpo.

Seus olhos eram variados em verde azulado, tremedeiras e um cheiro forte de cafeína, vinha do mesmo.

- E-então veio aqui para fazer exames?! EU JÁ DISSE QUE NÃO VOU FAZER NENHUM DELES! - O mesmo gritava com angústia, começando a ficar mais nervoso do que o esperado - Irão primeiro injetar remédios no meu corpo e depois tirar meu sangue! MEU SANGUE!!!

no diagnosis - CreekOnde histórias criam vida. Descubra agora