Horário de almoço

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Craig volta para sua sala com papeis de vários pacientes em mãos, havia visitado milhares de loucos em apenas um dia e estava prestes a explodir antes mesmo do dia se acabar. Colocou os papeis que haviam em mãos em sua mesa que era estendida do meio de sua sala a parede a parede esquerda, resultando em três metros quadrados, sentou em sua cadeira e abriu fichas digitais em seu computador.

O barulho que habitava o local eram apenas as teclas que foram apertadas e a respiração do doutor concentrado, mas dentro da mente brilhante do moreno, passavam-se mais de um milhão de pensamentos, o que havia feito hoje, as informações que adquiriu durante o dia e o que faria amanhã e durante o resto do dia. Anotou tudo o quê podia e enviou alguns e-mail para doutores de outros consultórios que também guardavam as informações que recebiam de seus pacientes, eram poucos os médicos mas os que haviam ali eram mais eficientes do que qualquer doutores, os enfermeiros eram em quantidade maior mas ainda sim não são desvalorizadas, muitas pessoas consideravam aquele lugar como um lugar pessimista, um lugar sem cor onde não há mais nada além da dor e sofrimento, mas eles estão errados, todos naquele lugar faziam o máximo para os pacientes se sentirem tão bem quanto os que se consideravam normais.

Logo após terminar suas anotações, esticou os braços atrás de se pescoço com os dedos entrelaçados tentando alongar seus membros superiores, estava tão cansado que perdia a noção do tempo, achou que havia visitado tantos pacientes em um mesmo dia que em apenas um piscar de olhos poderia já estar em casa tomando um banho quente relaxante o suficiente para que seus músculos se sentissem em "paz". Antes de fazer mais pensamentos sobre o quanto gostaria de estar novamente em casa ouviu batidas na porta, no total três, indicando a chegada de alguém:

- Dr.Tucker - Uma mulher de cabelos loiros encaracolados adentram o local, logo mostrando  longo traje justo que toda enfermeira deveria usar em seu local de trabalho, a moça expressou um leve sorriso - Entramos em horário de almoço, gostaria de se juntar a mim?

- Apesar do dia estressante que estou tendo, aceito este convite enfermeira Annie- o mesmo se levanta de sua cadeira e logo volta sua atenção para baixo do balcão onde havia uma pequena marmita que havia feito de manhã, não gostaria de admitir mas já admitindo para si mesmo de que provaria de tudo menos a comida hospitalar mas uma vez.

- Está insinuando alguma coisa senhor CRAIG TUCKER?!- a garota deu breves passou até o doutor, expressando um tom brincalhão de raiva, o mesmo após pegar seu almoço se vira para a enfermeira que o encara no fundo de seus olhos.

- Estamos em local de trabalho, evite gritar por gentileza- O mesmo vai diretamente a porta ignorando a loira- e ande logo se não quiser almoçar dentro da sala, tenho que trancar o escritório e você sabe muito bem disso.

A garota logo se direciona a porta como o moreno fez anteriormente, soltando uma leve bufada em seguida, o som da porta sendo trancada e passos logo a diante foram ouvidos, Craig havia escolhido sua sala naquele corredor pois sabia que era o mais silencioso e que assim poderia fazer suas teorias mirabolantes sem ser incomodado. OS dois entram no elevador logo indo ao andar "térreo", onde haviam o refeitório dos doutores e enfermeiros, um pequeno parque na pare externa e uma longa recepção; se sentaram em uma mesa onde os acentos pareciam de couro de tão brilhantes que estavam, a mesa era  de madeira com cor escura, a mulher logo colocou seu alimento em mesa e atacou sem esperar duas vezes, comia com cautela mas ainda sim não deixava de comer como alguém "normal".

- Então Craig- a mesma parou de se deliciar por um momento- como foi seu dia até agora? Fiquei sabendo que você visitou um paciente novo hoje, qual era o nome dele mesmo?

- Tweek - falou logo após dar um gole em seu suco de uva- Tweek Tweak. Seus pais o internaram em poucos dias, disseram eles que ele teve o seu pior surto de todos que já tiveram, os pais ficaram tão desesperados que sua única opção foi deixar com alguém com maior "autoridade" - disse o doutor fechando sua garrafa térmica sem tirar seus olhos de suas mãos já trêmulas por pensar novamente no assunto.

no diagnosis - CreekOnde histórias criam vida. Descubra agora