Antes de toda essa febre de mundos virtuais, celulares e computadores, outros jogos eram jogados. Você já deve ter ouvido falar de Baralho, xadrez, dama, dominó, etc.
Nós eramos muitos, em todas as casas populares e até de grandes nomes, como artistas e políticos, tinham pelo menos um de nós, crianças e adultos jogavam, campeonatos eram feitos, as pessoas faziam plateia para nos Assistir.
Mas agora é raro um de nós sairmos das pratilheiras das lojas, só algumas pessoas da terceira idade ou alguns adolescentes apaixonados pelas coisas antigas nos usam.
Mas você deve estar se perguntando porque estou falando "nós" não sou nem uma loca, eu sou Amélia Heartis, acho que pelo meu nome já dá para imaginar minha descendência, ou melhor, meu naipe.
E eu sou tecnicamente uma carta de Baralho, mas sou bem diferente das cartas dessa realidade. Digamos que eu tenha escapado do meu mundo, pro seu mundo, junto com todo o resto do meu Baralho.
Nós acabamos perturbando a "ordem" ou como eu gosto de dizer, bagunçamos o jogo, fugimos da matriz.
E agora estamos sendo caçados pelas elites de cada naipe, às vezes nos temos certa proteção de outras cartas rebeldes que assim como nós também fugimos, alguns são inteligentes e quando viram para cá se deram muito bem e ficaram ricos e poderosos, mas essa é a primeira vez que um Baralho inteiro se rebela.
E isso está sendo prejudicial para os Reis e Rainhas, por nossa causa o povo está abrindo os olhos e conseguindo notar os erros desses ditadores filhas da p♤t♡
Minha sociedade é composta por gerações de jogos, somos divididos em continentes, cada continente tem sua diferença, o nosso é governado por 4 Reis e 4 Rainhas, mas isso varia de jogo para jogo, o reino de dama, por exemplo, é um reino sem rei, são dois polos diferentes, mas todas suas peças trabalham em união.
Já no reino preto e branco o reino xadrez, são 2 Reis e 2 Rainhas, não gosto muito deles eles se acham melhor que o resto de nós, mas isso não vem ao caso no momento.
Nós entramos na academia preparatória aos 15 anos, e lá aprendemos a como nos comportar no carteado e ganhamos nossas denominações.
Antes disso fazemos coisas normais assim como vocês estão acostumados, aprendemos a ler escrever, contar, etc. Depois da academia, a turma de formandos forma um Baralho próprio, e se torna uma nova geração, vários de nós entramos na academia, mas poucos de nós saímos, nem uma das turmas consegue chegar no final com o Baralho completo.
Meus pais mesmo são um bom exemplo, minha mãe conseguiu se formar, e no final da academia virou um "As" e ficou por alguns anos em seu posto até outros se formarem e trocarem de lugar com ela, pois quanto mais nova a carta, mais fácil é de embaralhar, não é mesmo.
Já meu pai, ele não se formou, virou uma carta em branco no Baralho, ele ajuda nossa comunidade de outras formas, mas não tem uma serventia fixa.
E já faz anos que ninguém se atreve, ou se atreve é literalmente morre tentando ser a nova rainha copas.
— CORTEM AS CABEÇAS
Droga, eles nos encontraram mais uma vez, acho melhor deixar outra pessoa contar nossa história.
Vou deixar vocês nas mãos de uma amiga, que com as portas da imaginação nos deixou entrar no mundo dela, eu chamo ela de "Autora" mesmo ela gostando de ser chamada de "MG" nunca me acostumo com esse nome.
A autora vai conseguir contar tudo com detalhes para vocês, pois ela nos acompanha a bastante tempo e sabe toda nossa história, e o melhor sem interrupções, mas quando eu tiver um descanso, uma vez outra, volto para dar uma ajudinha para ela.
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Em naipes diferentes.
Teen FictionVenho aqui fazer um verso vindo coração. É uma poesia, não uma canção. Leia minha história, não é um livro é uma fanfic mas interessa o cidadão. Sobre Reis, rainhas, cavaleiros e até pião. Só que eles não comandan uma nação, na verdade são adolesce...