𝐏𝐑𝐎́𝐋𝐎𝐆𝐎

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And what if I, what if I sin?
And what if I, what if I break? Yeah
Then am I the monster? Yeah
Just let me know, yeah

E se eu, e se eu pecar?
E se eu, e se eu desmoronar? Pois é
Então eu serei o monstro? Pois é
Apenas me avise, sim

— Monster. Justin Bieber feat Shawn Mendes.

 Justin Bieber feat Shawn Mendes

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📍Bervely Hills, Califórnia.
2020

VICTORIA FRASER

Sempre acreditei que começos tendiam a chegar ao fim, afinal, tudo que começa tem que terminar, certo? Então porque depois desse fim eu apenas sinto que tudo sequer começou, que a qualquer momento um novo big bang irá eclodir e dar início a um novo ciclo vicioso, tal como o que eu me encontro agora.

No fundo de uma sala de aula cheia, questionando minha própria sanidade, questionando se eu devia estar ali no lugar deles. Como superar a ida de algumas pessoas? É como se cada paisagem, cada cheiro, cada frase boba; fizesse questão de lembrar que deveria ainda estar aqui, lembrar que eu nunca conseguiria me perdoar.

Sinceramente, a música que tocava em meus fones não combinava nada com o cenário a minha volta, e acredito que quem olhasse para mim agora também diria que alguém como eu não tinha muitos problemas na vida, já que eu sempre fiz questão de manter as aparências, ou pelo menos fazia. Tanto faz.

Me levantei da cadeira que estava sentada com brutalidade, alcançando minha mochila antes de me colocar a caminhar para fora sala. Era possível notar os olhares assustados dos meus amigos, na verdade nem sabia se podia chamá-los daquela forma.

— Aonde a senhorita pensa que está indo? — A voz estridente de Sra. Meyers — minha professora de cálculo — tomou conta dos meus ouvidos, fazendo com que eu parasse já na porta e respirasse fundo antes de me virar. — Ainda não terminou seus deveres, não sei se lembra, mas não está em uma situação muito boa para perder nota.

Meu olhar se volta para toda sala antes de olhar para ela. Todos ali sabiam que eu sequer me importava mais, mesmo que no começo tenha sido um choque para maioria quando a primeira nota vermelha surgiu no meu boletim, mais ainda quando as faltas começaram, cada vez mais recorrentes.

Sim?

Meu tom de voz era desleixado e pouco contente, tanto como meu olhar para a senhora de meia idade a minha frente. — Não me escutou senhorita? Volte para sua mesa e termine.

A ordem explícita fez com que uma ruga de irritação surgisse no meio de minhas sobrancelhas. Não disse sequer outra palavra antes de me virar e sair da sala, podendo escutar alguns burburinhos dos outros outros alunos.

Ao contrário da maioria dos alunos que matava aula, meus passos seguiam veemente até a sala da diretoria, dando duas batidas leve antes de abrir a porta e entrar na sala, podendo escutar a diretora bufar em frustração, ela sabia que já não tinha mais jeito.

MISS TAKENOnde histórias criam vida. Descubra agora