Poção do amor

Capítulo II

Hoje foi um péssimo dia para Edmundo, primeiro de tudo foi o seu total fiasco na aula de herbologia, não era tão bom quanto sua irmã Lúcia, depois ainda teve aula de trato das criaturas mágicas, nesse com certeza Lúcia também era a melhor, teve que sofrer com seu primo Eustace gritando em seu ouvido sobre como teve uma experiência horrível com um Pelucio, deplorável, Edmundo pensou, o corvino terminou seu dia estando quebrado e odiando cada minuto novo que surgia em seu relógio.

Edmundo passou metade do seu dia na sala precisa, o único lugar em que ele pode ter paz e por isso é seu lugar de escape, embora o mestiço goste bastante da sua comunal mas não era tão calma pelo simples fato de ter pessoas de mais. Mas claro que ele não ficou lá fazendo absolutamente nada, Edmundo treinou um pouco alguns feitiços já que o clube de duelo cobra um pouco seu tempo, e lendo alguns livros aleatórios para entender melhor hogwarts.

Edmundo na maioria das vezes gosta de fugir para a sala precisa quando se sente inseguro ou com medo, um sentimento ruim de mais para seus colegas corvinos verem ele demonstra-lo. Ele entra naquela sala e as memórias de seu primeiro ano em Hogwarts voltam como se fossem uma maldição, ele fez amizade com uma professora de defesa contra as artes das trevas, naquela época a matéria se tornou uma de suas favoritas porque ela sempre se mostrou alguém compreensiva e gentil, até o momento em que Edmundo quase fez um feitiço proibido a mando dela e se sentiu culpado por quase machucar seus irmãos que apenas tentaram ajudá-lo, foram tempos horríveis e a culpa consome o corvino até hoje.

Naquela época Edmundo era só uma criança sonhando em ir para a sonserina ou grifinoria como seu irmão, foi uma surpresa quando ele virou um empata chapéu e no fim foi para a corvinal, mas hoje Edmundo está bem, até se sente orgulhoso por sua casa.

Mas as coisas alegraram um pouco seu dia ao se encontrar com o melhor amigo de seu irmão, Caspian, a cantada usada pelo grifinorio fez Edmundo perder toda sua carranca e assumir um sorriso, mesmo que o corvino saiba que foi uma piada mas aquilo o fez se sentir melhor, bem, mas ainda sim achou uma falta de vergonha, quer dizer, Caspian andava aos beijo com Susana, sua irmã, ele deveria ao menos ser um pouco mais educado, ou talvez ele fosse tão amigo de Pedro que sonha em pegar todos os seus irmãos, no mínimo preocupante para Ed.

E outra, desde o primeiro ano Edmundo sente um pouco de raiva quando vê o sorriso de Caspian, não entende o porque disso já que o grifinório nunca fez nada contra ele ou sua família, mas não é um sentimento novo para o corvino já que as vezes ele tem o costume de julgar sem conhecer, claro que isso não o faz ficar com raiva como com Caspian.

Mas como aceitou ensiná-lo poções, Edmundo reuniu alguns livros sobre a matéria na biblioteca e algumas poções em específico com a ajuda do professor Digory que se mostra um bom amigo e professor e assim montou uma perfeita aula, só esperava que Caspian dê o devido valor e preste atenção, a última coisa que Edmundo quer é perder a paciência e azarar o capitão do time de quadribol.

- Eu não acredito que me deram uma nota baixa em trato de criaturas mágicas, eu nem quero saber os tipos de dragões - Eustace, seu primo, chegou já resmungando e espalhando todo o seu ódio por certas matérias - eu estou deveras chateado, não tem como sair dessa aula?

- Se você quiser - Edmundo deu de ombros sem realmente se importar, o sonserino ao seu lado pareceu aceitar isso e também se manteve calado.

Eustace sempre teve um ódio imenso por dragões, já Edmundo ao contrário gosta deles, segredos entre nós: Eustace odeia dragões porque uma vez ele teve um problema com um do tipo, Edmundo como um bom primo se mostrou compreensivo e gargalhou da cara de Eustace por meses, bons tempos aquele.

- Onde está indo com todos esses livros? Não me diga que vai ler tudo isso? - Eustace perguntou com uma careta indignada, Edmundo admite que mesmo que ele goste de ler não iria ler tudo aquilo, uma perda de tempo e é muita coisa para ler, complicado de mais para apenas um dia.