Poção do amor

capítulo VII

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Depois daquele beijo Edmundo sentiu uma pequena insegurança passar por sua mente, como pôde ser tão idiota assim? A idéia de que ele pudesse estar sendo feito de bobo ou sendo precipitado o atingiu e o corvino se separou de Caspian e fez o mais óbvio possível, fugiu, talvez deixou o seu trabalho de monitor para trás mas dane-se, sua mente estava um horror de tão confusa.

Caspian não entendeu realmente nada quando Edmundo fugiu de si, talvez ele tenha feito algo de errado? O beijo não foi tão bom para Edmundo como foi para si? Ou talvez alguma outra coisa, seja o que for ele estava disposto a descobrir, o problema é que Edmundo não queria explicar.

- Você sabe que não pode fugir dele para sempre, certo? - Eustace comenta ao se sentar ao lado de Edmundo na mesa da corvinal, os outros da casa já não reclamavam mais por estar acostumados, Eustace não era lá tão próximo dos alunos sonserinos.

Edmundo usava sua capa de uniforme e um livro de capa marrom para esconder o máximo possível seu rosto, desde a dias atrás quando aconteceu o beijo Edmundo fugia de Caspian como o diabo foge da cruz, um dia até pensou em se entregar quando Caspian quase chegou a dormir em frente a seu salão comunal, felizmente o monitor da casa o fez voltar para seu dormitório antes mesmo que Edmundo se levantasse. Algumas vezes o corvino até arriscava a usar a capa da invisibilidade.

Edmundo não é do tipo de fugir da conversa, pelo contrário, ele é um grande defensor que conversar sempre é a melhor razão, principalmente por causa românticas como no caso dele, mas Edmundo está muito inseguro e muito confuso, e uma coisa que o corvino sabe é que não se deve conversar e fazer o outro te entender sem se entender também, algo do Pevensie que sempre viu que seus problemas devem ser resolvidos sozinhos por ele mesmo e não com ajuda de outros, Edmundo as vezes se amaldiçoa por ser tão fechado para as pessoas.

- Vá cuidar da sua vida, Eustace - Edmundo sussura mas não fez efeito nenhum em seu primo que continuou comendo bem pleno.

- Edmundo, vamos lá, seja mais corajoso - Lúcia comenta ao se sentar ao seu lado - precisa enfrentar isso.

- Eu não sou grifinório para ter toda essa coragem - Usou o primeiro argumento que veio em sua mente.

- Mas é corvino para ter inteligência o suficiente para saber o que é certo - Eustace respondeu, Edmundo o encarou com o olhar mais fatal existente mas o primo parecia ser imune a esse tipo de coisa, Edmundo já pensava que deveria mandar uma carta a sua tia explicando o porque Eustace deveria sair de Hogwarts e ir para uma outra escola bruxa bem distante deles.

Edmundo poderia negar o quanto fosse mas Eustace estava certo, não poderia fugir assim para sempre e vamos, ele é das casas dos inteligentes, como pode estar sendo tão idiota a esse ponto? Nem mesmo Edmundo entende o porque está fazendo isso, quer dizer, ele gosta de Caspian, isso já estava bem óbvio mas algo no fundo de si o impede de tentar.

O fato é que Edmundo nunca teve nenhum relacionamento romântico ou nem mesmo chegou a pensar em como ter um, não sabe como funciona essas coisas e isso é um dos motivos pelos quais ele sente tanto medo, não o único motivo.

Quando pensou em dizer algo Edmundo se assustou ao ouvir gritos em conjunto, todos olhavam para a mesa da grifinório que estava cheia de garotos com uniformes de quadribol, alguns soltavam fogos que formavam o animal símbolo da casa e gritavam para apoiar o seu time, ao tentar dar uma espiada Edmundo acaba encontrando o olhar de Caspian que vasculhava a mesa da corvinal, ambos arregalaram os olhos, Caspian se levantou de uma vez e Edmundo fez o mesmo pronto para fugir.

- Ocupado.Agora, até mais - Edmundo se apressou para sair da vista da Caspian.

Essa pressa toda não adiantou muito pois Caspian é rápido e entrou em sua frente antes mesmo que ele pudesse sair, Edmundo se moveu para o lado esquerdo e Caspian fez o mesmo ainda em sua frente o impedindo, foi para o lado direito e Caspian foi atrás até que o Pevensie revirou os olhos e bufou.