Blue Neighbourhood

Track 12 - for him.mp3

Capítulo V

Track 12 – for_him.mp3

We are runnin' so fast and we never look back

And whatever I lack, you make up

We make a really good team and not everyone sees

We got this crazy chemistry between us

Jump starting your car 'cause this city is a bore

Buying e-cigarettes at the convenience store

Making new clichés on our own little tour, let's ride

You don't have to say I love you to say I love you

Forget all the shooting stars and all the silver moons

We've been making shades of purple out of red and blue

Sickeningly sweet like honey, don't need money

All I need is You

— Jake? O que faz aqui tão cedo?

Sunoo abriu a porta da casa ainda coçando os olhos e com os cabelos bagunçados, não planejava acordar cedo e nem tinha combinado nada com o amigo naquele horário, então ficou surpreso quando ouviu a voz dele no interfone. Jake estava diante dele com uma mala em mãos e aquilo chamou sua atenção imediatamente, eles só iriam viajar no dia seguinte.

— Resumindo, eu me assumi para minha mãe e saí de casa – abriu um sorriso nervoso – posso ficar aqui por uns dias?

O amigo abriu a boca em surpresa, sem saber o que dizer, queria que ele contasse tudo com detalhes, mas seu cérebro sequer estava funcionando propriamente ainda. Deu espaço para que Jake passasse com a mala, avisando que tomaria um banho e que ele podia levar as coisas dele para o quarto de hóspedes de casa – que sequer tinha sido limpo, mas como nada tinha sido programado ia servir de qualquer forma.

Deixou a mala ao lado da cama e voltou para a sala, Chaewon parecia não estar em casa e nem os pais do amigo, agradeceu internamente por isso pois poderia conversar com Sunoo a sós. O amigo voltou minutos depois, já mais desperto e os dois foram até a cozinha para preparar algum café da manhã enquanto Jake contava tudo que aconteceu. Apesar de tudo ter sido tão repentino, Jake não se sentia mal pelo que aconteceu, normalmente deveria estar completamente assustado, mas ele estava preenchido de uma energia que nunca havia tido antes em toda sua vida e isso era algo que ele não iria ignorar.

— Ainda não acredito que sua mãe deixou chegar nesse ponto – Sunoo disse após bebericar um pouco do seu achocolatado.

— Eu já imaginava que ela ia reagir desse modo, sendo sincero – o outro suspirou – talvez um dia ela mude de ideia e se livre desse pensamento horroroso que ela tem sobre mim.

— Você ainda está contando com isso? – Sunoo perguntou um tanto inseguro – é que sabe... pode ser que ela nunca mude.

— Azar o dela – riu – eu não vou ficar esperando o dia que minha mãe vai me aceitar para poder começar a viver. Se ela não quer fazer parte disso então só posso lamentar pelas coisas terem terminado desse jeito, é um problema dela e não meu.