Um Duque em Busan | Jikook

1. Um Duque do Livro

#CUPCAKESUDEB

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Eu sempre fui fanático por livros, a maneira como os autores passavam as suas imaginações para os leitores me deixava fascinado. Principalmente quando se tratava de romance de época, muitos podem achar clichê, mas mesmo sendo livros que falam sobre a realidade hétero, eu amava a narrativa.

Algumas vezes eu tinha que pesquisar o significado de algumas palavras no Google, o que não me incomodava, aumentava o meu vocabulário. Entretanto, nem toda palavra eu estava disposto a pesquisar o que significava. Viva às gírias de hoje em dia.

Eu sentia desejo e muita vontade de ter sido daquela época, mesmo que talvez eu fosse morrer por ser gay. Mas aquilo me fascinava, as falas, as roupas, as formas como eu imaginava cada cena era incrível. Eu simplesmente amava, mas sabia que eu nunca poderia entrar em um livro.

E sim, eu sentia às vezes raiva em ler aquelas cenas de sexo porque por mais que eu quisesse imaginar tal sendo com dois caras, infelizmente tinha uma boceta no meio para me atrapalhar. Fora isso, eu amava a escrita e era isso que me mantinha preso todos os dias em livros de 100, 300 ou até 700 páginas por horas.

Eu tinha diversos livros desse gênero, mas apenas um era o meu favorito, onde contava a história de um Duque da Inglaterra com descendência coreana, fluente em diversas línguas. Ele era desejado por todas as camponesas da cidade. Além de ser egocêntrico, ele tinha muita frieza e não media suas palavras para tratar alguma mulher de maneira rude. Tinha diversas empregadas para lhe servir tudo o que pudesse imaginar, até a si mesmas. Basicamente esse era o melhor livro que eu já li.

Sobre ele ter alguém? Bom, ele era muito mulherengo e no livro ele pegava uma mulher a cada capítulo, mas o que me fez se apaixonar por um personagem fictício era a garra e determinação que ele tinha para descobrir quem matou seu pai. E essa era a história, não o fato dele conquistar alguém e mudar ele, porque a história estava longe de ser sobre isso, mas o fato de ter suspense e ele enfrentando as barreiras que a vida lhe proporcionou desde quando ele nasceu.

Eu pensei que fosse melhor contar sobre a minha paixão por livros do que sobre mim, porque eu não sou tão interessante assim. Mas vamos lá, eu sou Park Jimin, moro sozinho onde fiz questão de ter um quarto somente para os meus livros, onde eu posso chamar de "Biblioteca Park", tenho diversos livros, até de quando eu tinha 4 anos, mas isso não vem ao caso agora.

Eu também tenho uma confeitaria que fica aqui próximo de casa, ela tem uma aparência rústica, bem do século XVIII, e sim, foi por causa do meu livro favorito. Nela eu contratei um garoto chamado Kim Taehyung que estuda Gastronomia, no começo ele era meu estagiário mas eu decidi efetivar ele após eu reconhecer o seu potencial. Acabou que ele se tornou o meu melhor amigo, ele era o único que me ouvia falar das minhas diversas imaginações por horas e horas. Além dele, eu tenho, obviamente, outros amigos: Kim Namjoon, meu amigo atendente e psicólogo dos idosos barra clientes, e além dele, Jung Hoseok, nosso garçom e que muitas vezes eu pegava no flagra literalmente comendo outra coisa além dos bolos do Taehyung.

Já pensei muitas vezes em demitir eles, mas sem eles meu simples negócio não existiria vida, afinal, dar risada todas as manhãs é difícil em qualquer emprego em que você esteja.

Eu tenho um operador de caixa também, chamado Min Yoongi, qualquer pessoa seria melhor nesse cargo do que ele. Ele pode ser muito bom de conta, mas a simpatia era uma das piores. Se eu tivesse atendômetro, aqueles sistemas para avaliar um bom atendimento, o meu certamente seria ótimo enquanto estivesse em minhas mãos e a de Hoseok, quando chegasse na votação com Yoongi, certamente o pior atendimento vinha.