Bandidos

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RET ON -

Fui de moto tentamos seguir mais sem chance, eu tava loko, queria matar meio mundo, acelerei a moto até que o cabelinho me parou, desci da moto loko, nervoso meu filho cara, meu filho foi sequestrado que porra tava acontecendo ?

Cabelinho : irmão a gente vai achar o cara é vai matar quem fez isso
Eu : meu filho vc tem noção disso porra

Ele saiu de perto, foi atender telefone. Como eu vou chegar em casa sem meu filho, parecia um sinal tudo que meu filho falou hoje, como vou seguir em frente desse jeito, não tenho ideia de quem fez isso...

Cabelinho : irmão a gente tem que ir, a Anna tá passando mal, o orochi, Luana e o rb tbm tá com ela lá,
Eu : como eu vou chegar lá sem nosso filho, porra cabelinho

Fomos pra casa, respirei fundo antes de entrar a Luana veio até a mim e me deu um abraço forte

Ela : já dei banho nela, ela comeu um pouco e dei um remédio pra ela se acalmar, ela tá desesperada Filipe, se precisar de mim pode da um grito que eu venho
Eu : valeu mesmo aí Luana, tmj

Tomei um banho e deitei do lado da Anna, abracei ela forte e chorei o que fez ela acordar, chorei com vontade como nunca, senti ela me abraçar e chorar junto comigo

Eu : me desculpa Anna,
Ela : a culpa não é nossa amor, calma
Eu : não sei oq vou fazer, tudo parece um sinal mds Anna, me ajuda ( taquei o celular longe ) porra
Ela : olha pra mim ( eu olhei e os olhos dela tava cheio de lágrimas ) eu tô com vontade de morrer, eu quero ele, a gente tem a Alice tbm, mas o Lucas eu senti ele nascer dentro de mim, eu gerei ele, nenhum filho substitui o outro, mas eu não posso mais ter um filho e ter o mesmo sentimento, dele crescer dentro de mim, o nosso filho sumiu amor ( ela me olhou e desceu várias lágrimas ) eu tô desesperada, eu quero meu filho, queria poder receber pelo menos uma foto dele agora, sentir o cheirinho dele, ouvir ele falar mamãe aqui agora
Ret : vou trazer ele de volta ( abracei ela forte e senti as lágrimas dela )
Ela : a gente já entrou em contato com os donos dos outros morros, agora é esperar

Apenas concordei e deitei do lado dela, me agarrei nela, abracei ela forte, pela primeira vez na vida senti medo, fraco, estúpido, incapaz... não fui capaz de proteger meu próprio filho, depois de muito tempo dormi.

Acordei com minha mulher me chamando, ela tava com uma cara de choro

Ela : os meninos estão aí, os caras dos outros morros tbm
Eu : dmr
Ela : volta com ele, que o enlouquecendo já ( os olhos dela encheram de lágrimas )
Eu : não faço ideia de como isso foi acontecer, a gente tava tão feliz e em questão de segundo tudo acabou
Ela : se arruma, depois a gente conversa

Ela saiu do quarto, coloquei qualquer roupa e fui falar com os caras, e todos falaram que não houve nenhum movimento estranho na favela deles, e nem nas favelas que era meus rivais, estávamos num beco sem saída, não fazia ideia do que fazer, me despedi dos caras e voltei pro quarto

Eu : nenhum sinal .... vc que conhece gente poderosa e se vc conversasse com alguém aí do estado
Ela : ...
Eu : tô pouco me fudendo pro que vão pensar, só quero meu filho
Ela : vou dar um jeito nisso agora

Ela foi pro telefone e ficou, depois de 2hr mais ou menos ela apareceu

Ela : vão me avisar se virem algo, já entrei em contato com umas pessoas do estado que eu tinha contato, enfim qualquer passo a gente fica sabendo ( respirou fundo ) ao mesmo tempo que tá tudo na palma da mão tbm não tá
Eu : tá doendo ( me encostei na parede já sentindo minhas lágrimas caírem ) eu dou minha vida pela do meu filho, não vou saber viver sem ele Anna