Chapter One

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Os olhos carmesins passeavam o olhar sobre a sala de estar, o cômodo era chique, com paredes claras, igualmente ao sofá -na qual estava sentado-, que combinava também com o tapete felpudo que destacava a mesinha de centro de vidro.

O cheiro da comida que estava sendo feita era muito boa, quem diria que um idiota igual Gojou sabia fazer um bom prato. Fazia 5 horas desde que chegou na casa, tendo como proposta de Satoru, morar com ele e mais outros três caras, no início tinha dito que era sortudo dele tê-lo encontrado, pois ninguém oferecia do nada um lugar pra morar e de graça. Mas como um bom oportunista -e sendo óbvio que ele não tinha um estoque infinito de dinheiro-, disse que arrumaria um emprego para Sukuna conseguir sustentar a casa, e Ryomen não tinha muito do que reclamar, era um bom acordo.

Gojou — O cheiro te agrada, Sukuninho de morango? — Apareceu o mais novo, com aqueles malditos olhos azuis que sempre brilhavam quando pronunciava aquele apelido idiota de quando eram crianças. — O almoço está pronto!

Sukuna — Sim, mas me agrada mais você em silêncio. — Levantou-se e estralou o corpo, o torcicolo só faltava matá-lo. Foi em direção da sala de jantar e afastou uma das cadeiras, se sentando e vendo o outro se aproximar com um bico ridículo nos lábios.

Gojou — Poxa, você me magoa desse jeito.. — Colocou sobre a mesa cinco potinhos não tão fundos, tendo macarrão, alguns legumes e carne fatiada, o cheiro era delicioso e o prato era bonito. — Aqui! Sukiyaki bem quentinho pra você! — Riu, se sentando ao lado do homem de cabelos rosados, que partiu os hashis que estava ao lado do seu pote.

Sukuna — Por que já arrumou a mesa? Os outros já estão chegando? — Perguntou por curiosidade.

Gojou — Aham... Geto vai trazer o Itadori da faculdade, já deve estar chegando, e Mahito já deve estar esperando ele também pra buscar do trabalho.

O de cabelos rosados sentiu um frio na espinha ao ouvir o nome de Itadori. Fazia anos que não o encontrava, ou ouvia falar seu nome.

Houve um certo silêncio. Sukuna colocou um pouco de comida na boca e engoliu.

Gojou — Itadori, aquele primo do primo do primo do primo da sua tia.. sabe? Aquele que pintou o cabelo de rosa igual você- — Ficou quieto quando o dedo indicador de Ryomen tocou o seu lábio inferior. — ... Lembrou?

Sukuna — Eu não tinha esquecido.. mas o que ele faz aqui? O pai dele-

Gojou — O desgraçado do pai dele morreu já faz 2 anos. — Retirou o dedo de perto de si e falou com um tom de voz sério, logo soltando uma risada nasal e dando um sorriso, começando a comer o que tinha em seu pote. — Então eu decidi cuidar dele e pagar a tal faculdade de arte que ele entrou. Ele continua fofo! Vai adorar!

Sukuna — Você sabe que não irei amar. Ele deve continuar sendo rídiculo. — Iria morder um pedaço da carne, até ver os hashis sendo retirados de sua mão e uma veia saltada na testa de Satoru -que permanecia sorrindo para si-.

Gojou — Nananina-não! Minha casa, minhas regras! Se falar mal do Yuuji, eu te deixo sem comer, e na pior das hipóteses, eu jogo você pra fora com suas malinhas.

Ryomen suspirou. A única liberdade que tinha havia sido retirada. "Me dê logo isso", pediu, tendo de volta sua comida.

Olhou para o lado e tomou um susto quando um homem de cabelos longos e roupas escuras apareceu na sua frente. Um olhar seco sendo rebatido da mesma maneira, até um ser de cabelos rosados aparecer junto de outro alguém. Ambas das pessoas incomodou Sukuna.

Gojou — Getou!! Mahito! ... — Segurou o fôlego e abriu os braços, logo gritando com o máximo de alegria. — YUUJI! MEU GAROTO!

Itadori — GOJOU-SAN! — Quase jogou-se nos braços do mais velho, sorrindo. — Opa, comida! Tá com um cheiro bom né? Esfriou?

Sukuna — Vocês continuam barulhentos desse jeito?

Yuuji virou-se rapidamente e deu um soco certeiro na têmpora de Ryomen, que soltou um palavrão ao ser acertado com tanta força e de maneira tão inesperada. Geto ignorou completamente os dois enquanto se sentava na cadeira, enquanto Mahito ria como se fosse uma brincadeirinha e fez o mesmo que o moreno ao seu lado.

Itadori — O cruz credo tá aqui?! Por que tá todo tatuado desse jeito? Na verdade.... O que faz aqui?!

Sukuna — Eu estou morando aqui, Yuuji. — Resmungou, sentindo uma dor forte aonde levou o murro. — Porra!

Itadori — Morando... aqui?! QUE DEMAIS!

Gojou — Pelo visto começamos bem! — De fato, foi satisfatório ver Sukuna levando um soco na cara.

Depois de uma leve discussão e explicação do porque o outro homem de cabelo rosado estava morando na casa -Tendo Mahito como principal culpado por fazer Satoru sentir pena ao dizer o estado de ""pobreza"" de Sukuna-, Itadori lembrou da conversa que teve semanas antes, falando sobre o """"primo"""" ir morar junto a eles. O que não foi infelicidade para ele, estava bem ansioso do melhor amigo da adolescência estar junto a ele novamente, por mais que fosse uma pessoa difícil e que não gostava de conversa -sendo esse, Sukuna-.

Mas as coisas com certeza iriam ocorrer bem!

Your Attention (Sukuita)Onde histórias criam vida. Descubra agora