♣️CAPÍTULO 1♣️

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REBECA

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REBECA

— Filha, já está indo para o trabalho? — Mamãe pergunta assim que entro apressada na cozinha em busca da minha garrafa de água

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— Filha, já está indo para o trabalho? — Mamãe pergunta assim que entro apressada na cozinha em busca da minha garrafa de água. — Nem vai tomar café da manhã? Hoje não era a sua folga?

— A Berta pegou um resfriado e sobrou para mim, não dá tempo de comer agora. — Beijo seus cabelos e acaricio o rosto visivelmente cansado. — Estou levando algumas barrinhas de cereal, não se preocupe, mãezinha.

Abro as portas do armário procurando a garrafa e ouço os passos pesados de vovó ao entrar no cômodo acompanhada por Lorena, minha irmã mais nova.

— Essa menina tá indo para o hospital de novo? — diz em tom de acusação ao puxar a cadeira para sentar. — Se desse ouvidos ao que eu falo, não precisaria desgastar a juventude e a beleza cuidando de gente doente recebendo uma mixaria que mal dá para comer.

Apoio as mãos na pia, apertando a borda e solto o ar devagar. A ideia que vovó tem de subir na vida envolve: um homem rico, um casamento por puro interesse, ser recatada e do lar, mas isso sinceramente nunca me atraiu. Prefiro conquistar por mim mesma o meu dinheiro, do que ter alguém mandando e desmandando no que faço ou deixo de fazer.

— Não dê ouvidos a sua avó — mamãe tenta apaziguar e em seguida se vira para a sogra. — Dona Neuza, por favor.

— O quê? Eu só disse a verdade, um marido rico resolveria metade dos problemas dessa família — reviro os olhos e por fim acho a garrafa no fundo do armário. — Não sei para que se matar de trabalhar desse jeito.

Mordo a língua para não jogar as verdades na cara da mãe de meu falecido pai, em respeito à sua idade. Ela finge que não vê, mas a maior parte da renda que entra nessa casa vem do emprego que tanto menospreza.

— Minha irmãzinha é uma mulher moderna e independente, vovó — Lorena usa um tom cheio de ironia pegando um pedaço de pão. — É melhor aceitarmos logo.

Do auge dos seus dezoito anos recém completados, essa garota acredita que a vida é o conto de fadas que vovó enfiou em sua cabeça.

— No meu tempo isso tinha outro nome — a senhora idosa torce o bico como se eu trabalhasse fazendo algo que manchasse a dignidade da nossa família.

Cruel Amor (EM PAUSA)Onde histórias criam vida. Descubra agora