A cocaína

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[ 4 anos]

-mamãe? - S/n saia de seu quarto, indo até o estrondo que a acordou

-Não... filha volta pra cima agora!- sua mãe gritava aos prantos

Mas foi em vão, já que os homens malvados já tinham visto sua criança...

[10 anos]

- tia Narumi? - S/n chamava pela senhora que cuidou dela esse tempo todo

- S/n...s-seu tio encontrou um lar pra você - a mulher tentava disfarçar o choro- vai ser melhor pra você

S/n pensou em protestar mas sabia que seria em vão. Seu 'tio' já entrava com seu futuro familiar...

[14 anos]

-essa eu comprei no país das ondas. 14 anos, boa pra trabalhar, pode confiar - o moço que a manteve muito tempo trancafiada, agora a leiloava a céu aberto

-não sei não...ela parece meio magrinha e triste, eu não quero ninguém triste- o velho a analisava de perto. A mandou girar e sorrir. Ela fazia, não por querer mas por precisar...- vou levar mas você tem que fazer um desconto aí

- está bem- ele a olhou bem- trinta ryō

- vinte!

-vinte e cinco e não se fala mais nisso

-fechado.

O velho que fedia a cigarro e a urina, conduzia a criança até a carroça velha dele - vamos pro país do fogo querida.

[16 anos]

-eu não sei porque você odeia tanto nossa casa querida, é o melhor que você terá, aceite essa merda que sua vida será melhor!- o velho dizia rindo

"Esse é o melhor que vou ter? Uma casa caindo aos pedaços, móveis velhos cheirando a mofo e ainda por cima com esse velho desgraçado? Sério Mesmo? "

A menina não foi a escola, aprendeu a ler com a tia Narumi e foi o suficiente pra valer uns trocados a mais. Não a deixaram ser uma ninja, mas pra sermos francos, ela nem sabia o que era isso até dois anos atrás.

Ela só sabia trabalhar, trabalhava em uma padaria perto de casa. Depois trabalhava em casa, limpava, passava e cozinhava. Era só isso que ela conhecia. Até hoje...

- Misa?- o velho gritava S/n pelo apelido que ela odiava. Ela parecia sua filha falecida, que tinha esse nome

-pois não Kirai - S/n ia mais do que de pressa

- hã? Como me chamou?

-perdão. Pois não pai Kirai? - toda vez que ela era obrigada a chamá-lo de pai sentia que sua alma perdia mais um pouco de luz

- sua mãe disse que sou muito rígido com você - mãe essa que era a esposa dele que já morrera dois anos atrás e que S/n nem conheceu - e acho que ela está certa, você também acha?

Ela nunca sentiu tanto medo, talvez pelo fato de ele estar com um cinto em suas mãos - n-não senhor, pai Kirai

Kirai- então está discordando de mim?

-não! Não é isso...

Kirai- agora está dizendo que sou mentiroso? - ele a puxou pelo braço e começou a marca-la com cinto, por nada,como sempre.

Depois de apanhar, a garota se encolhia no chão. Ouvindo seu ""pai"" dizer que ela podia sair dias de sábado e domingo, porque ele era benevolente e um ótimo pai...

"Sair pra onde?" Ela se perguntava. Não tinha dinheiro nem amigos. Não conhecia ninguém na vila.

[18 anos]

Começando a sair nos sábados ela encontrou sua turma. Não eram seus amigos mas faziam companhia e forneciam de graça o que ele mais precisava pra dormir todas as noites. Deram tudo, da seringa até a droga dentro dela.

Esse era o pico de alegria de S/n...

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Autora aqui,

Então, gosto de deixar umas coisas claras no primeiro cap.

NÃO ESTOU INCENTIVANDO NINGUÉM A USAR DROGAS
pelo contrário, só vão ver a merda que ela faz com sua vida...

Pode acontecer de aparecer oc's da S/n. Você pode se imaginar ou imaginar ela, fica a seu critério.

Sobre o nome a mesma coisa, trate como Misa ou S/n

Espero que dêem uma chance a minha História e um beijo pra quem quiser🥰

𝐒𝐨𝐧𝐨 𝐞 𝐂𝐨𝐜𝐚í𝐧𝐚- 𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞 𝐒𝐡𝐢𝐤𝐚𝐦𝐚𝐫𝐮Onde histórias criam vida. Descubra agora