❛𝐂𝐀𝐑𝐍𝐀𝐋𝐈𝐓𝐘❜

CAPÍTULO 5

Quando soube que David era "adotado" fiquei surpresa mas decidi não fazer perguntas a ele sobre isso. Ele terminou de se arrumar , ele me levou para casa e ainda parecia que o mesmo estava com raiva .

Quando David me deixou em casa foi embora logo em seguida, entrei em casa e fui direto para meu quarto deixando minhas coisas em cima da cama e fui tomar um banho.

Quando sai me deparei com Yara na porta do quarto.

– Pela sua cara parece que não foi muito bom - Yara se joga na minha cama.

– Foi legal mas parece que David ficou incomodado com algo, eu não sei oque aconteceu mas parecia que ele não me queria lá.

– Hm suspeito, mas isso não interessa quero saber se vocês fizeram aquilo - a mesma se aconchega entre os travesseiros.

– Sexo?

– Exatamente

– Espera oque? Mas é claro que não, eu não sou esse tipo de mulher que sai fazendo sexo com qualquer um, não gosto disso.

– Por acaso essa indireta foi pra mim? - a mesma franze o cenho.

– Eu não ligo para oque você faz ou com quem transa e muito menos com que frequência, que se foda a sua vida sexual, guarde apenas para você.

– Nossa não prescisa ficar brava com uma simples pergunta, e principalmente brigar comigo eu sou sua irmã e quero conversar sobre assuntos que irmãs falam e fazem.

– Essa não é a questão Yara, é a minha privacidade, você pode achar que não quero te contar, mas não temos uma ótima relação como as outras pessoas.

– Então quer dizer que você não confia em mim?! Sua própria irmã? - a mesma diz com uma feição de fúria.

– Tem momentos que sim, mas também há momentos em que você não se contenta com pouca coisa e vem para cima de mim principalmente.

– Eu só queria te ajudar mas percebi que você é uma idiota e uma puta de uma ignorante! - Yara se levanta batendo a porta com força.

– Eu não presciso da sua ajuda - abro a porta do quarto gritando com Yara.

Me sento na cama pensando no que acabara de acontecer, mesmo não tendo uma boa relação nunca havíamos "brigado" dessa forma, não entendo o porque de que as vezes Yara gosta de se intrometer na minha vida, por um momento acreditei que a mesma estaria realmente interessada como eu me sentia no meu atual relacionamento.

Eu queria me distrair prescisava esfriar a cabeça de qualquer forma possível, mas oque eu mais queria agora era fazer algo que não faço há algumas semanas, BEBER, o líquido quente que escorre pela minha garganta vai descendo enquanto queima, dessa forma isso me acalma de uma maneira que faça com que eu me sentisse em outra dimensão, assim mais leve que uma pena.

Resolvi ligar para Allan, meu amigo, o mesmo sempre tem ótimos lugares para beber e relaxar mesmo que ele vá com o seu namorado algumas vezes mas não faz diferença, adoro receber seus conselhos e ouvir suas experiências com o decorrer do tempo, espero que o mesmo não esteja ocupado.

– Tudo bem Princesa? - Allan ria do outro lado da linha.

– Péssima, eu presciso beber urgentemente - apenas de se ouvir minha voz dava pra saber que eu prescisava me aliviar.

– Hoje é seu dia de sorte, mais tarde vou para um pub que inaugurou semana passada e depois vou passar em um barzinho qualquer, você topa?

– O Dilan vai estar lá com você? - Dilan é o namorado de Allan sempre quando saímos ele vai junto, Allan não se liga mas Dilan é um completo mala sem alça.

– Hoje não, Dilan e eu brigamos denovo porque ele queria que fossemos a festa de aniversário da mãe dele, é ruim em aquela velha não gosta de mim nem fudendo - Allan se refere a mãe de Dillan com uma voz engraçada, eu segurava pra não rir Allan realmente odiava a sogra.

– Que horas você vai e quando pretende voltar senhor festeiro?

– Quero te encontrar as 20h na sua casa, vou pedir um carro e ir até seu encontro, já agora horário para voltar você sabe que eu não tenho - o mesmo da uma risada do outro lado da linha telefônica.

– Se é assim eu com certeza aceito a sua proposta ‐ Digo sem pelo menos pensar duas vezes, eu quero me divertir sem que ouvesse amanhã.

– É assim que se fala garota, te encontro as 20h em sua casa - Allan desliga a ligação depois de se despedir.

Deito em minha cama e fico encarando o teto um pouco pensativa, mas não em relação a algo que realmente importasse ou que fizesse diferença algum dia, não entendo eu deveria estar feliz, eu tenho uma ótima casa, um namorado (quase) perfeito e principalmente uma irmã para ter companhia, mas não entendo o porque de tanto questionamento, não me sinto alegre e nem pulando de felicidade eu me sinto tão confusa e pensativa com tudo oque está acontecendo, da maneira que eu digo você poderia pensar que houve uma tremenda tragédia nesse exato momento da minha carreira, apenas gostaria de entender de onde vem todo esse questionamento sobre tudo oque acontecera por enquanto.

Com os pensamentos fluindo em minha cabeça não percebo que meu celular estava à tocar, como da última vez era David se eu não atendesse o mesmo iria ficar me ligando até vir aqui em casa.

– Oi David

– Princesa, me desculpe por hoje ok? Não pense que estou bravo com você depois daquilo eu me sinto culpado eu amo você e não quero que ficássemos brigados e muito menos tentar te perder - David foi direto e reto em relação ao oque queria.

– David eu apenas não entendi o fato de ter ficado bravo por algo que não fazia o total sentido.

– Eu sei amor me desculpe, apenas estava cansado por conta da semana corrida, Princesa apenas quero que me perdoe.

– Meu amor eu entendo que estava cansado mas o estresse é a pior forma de se tentar resolver algo, a raiva nem sempre é ou será a solução.

– Eu reservei uma mesa em um restaurante para a gente comer mais tarde, tenho certeza de que a senhorita vai adorar.

Realmente pensei na possibilidade de sair com David para me divertir, o mesmo era engraçado e super gente boa, sua gentileza era totalmente de se notar, sempre se dava o direito de ser o primeiro a pagar a conta, eu adoro sair com David o mesmo é tão romântico e cavalheiro, mas essa noite eu realmente prescisava me divertir apenas eu e Allan como nos velhos tempos.