Rain Miller On
- O meu amigo Sirius... Ele... Espera, o qué?
- Por favor, me diz que você não enfiou o pepino na sua bunda-Repeti pausadamente e o garoto me encarou ainda chocado.
-Eu entendi essa parte-Falou ele rindo. - Por que eu enfiaria um pepino na minha bunda?
-Me diz você, você que enfiou - Olhei pra ele confusa.
-Eu não enfiei o pepino na minha bunda! - Esclareceu ele com um sorriso chocado,
-Tudo bem se você gostou de enfiar o pepino na sua bunda, não precisa ficar com vergonha. - Provoquei com um sorriso.
-O meu amigo Sirius tentou fumar o pepino e não deu muito certo, foi apenas isso, eu juro que nenhum alimento foi enfiado na minha bunda ainda. - Contou ele com um sorriso.
- Ainda? - Dei um sorriso de canto e o garoto do pepino soltou uma risada
-Deixa eu te mostrar seu dormitório logo. - Falou ele começando a andar com as minhas duas malas e eu segui ele
Eu peguei uma das minhas malas que ele segurava e ele hesitou um pouco antes de me deixar carregar. Assim que ele soltou a mala na minha mão, eu quase dei de cara no chão pelo peso da mesma
Como ele tava levando as duas como se fossem apenas dois travesseiros?
A gente andou um pouco
Mentira
A GENTE ANDOU PRA CARALHO
Se não fosse o ritmo do doidão lá, a gente tería levado um dia inteiro pra chegar no andar dos dormitórios. Quando finalmente chegamos em uma porta que tinha o meu nome e os nomes de mais duas garotas em um papel na porta, eu soltei a minha mala.
- AI CARALHO! - Gritei quando senti a mala cair no meu pé. Eu me desequilibrei e cai pra frente, derrubando as duas malas e arrastando o cara do pepino junto.
Eu cai em cima do cara, dando uma cabeçada tão forte que meu cérebro começou uma atualização nova
Com aquela proximidade toda, eu consegui sentir o perfume dele.
Então esse é o cheiro amadeirado que todo mundo fala?
Que negócio de rico...
Eu me sentei em cima do cara colocando a mão na cabeça com dor e olhei para o cara que também me encarava em choque e raiva.
O maxilar dele marcado estava travado e a testa tensa mas dava pra ver que ele tava segurando a risada.
-A madame prefere ficar sentada no meu colo pra sempre ou deseja sair? - Perguntou com ironia e então eu notei que tava sentada no colo dele.
Arregalei os olhos saindo de cima dele e me sentando no chão.
→Certeza que você deve ter feito umas 300 partes do meu cérebro pararem de funcionar, cabeça dura e pesada do caralho - Xingou se sentando no chão também e eu olhei indignada pra ele
Meti o tapão no ombro dele com raiva, o mesmo me olhou surpreso e se sentindo desafiado
Ele me deu um tapa no ombro também e no segundo seguinte eu dei dois tapas no ombro dele, Quando ele ia revidar me devolvendo os tapas, eu levantei a mão e falei rapidamente
-Se você me bater, isso vai ser homofobia. - Olhei com os olhos semi cerrados pra ele.
Ele me devolveu a olhar semi cerrado negando com a cabeça. O garoto se levantou e em seguida esticou a sua mão para me ajudar a levantar também.
E não é que o vagabundo pelo menos é cavalheiro?
Quando eu tava na metade do caminho, já me levantando e pegando na mão dele, ele tirou a mão dele, me fazendo cair e bater a cabeça na parede.
O som da sua risada ecoou pelo corredor e eu olhei feio pra ele me levantando.
Ele parece uma moto rindo.
-Garoto, se eu te vejo no corredor-Ameacei com ódio.
- Ah é? Vai fazer o que? - Provocou com um sorriso.
Que sorriso... lindo.
Eu até fiquei meio desconcertada quando ele lançou aquele sorriso pra mim
-Eu vou meter a voadora no meio da tua cara feia. - Falei levantando as minhas malas.
Eu nunca menti tanto...
A gente tá no corredor, se você quiser tentar a sua sorte....-Disse se aproximando
- Você é chato pra caralho, vai se fuder enviado do capeta e do cão. - Falei dando um tapa com força no peito dele.
- Aqui e agora? - Deu um sorriso de lado e eu me preparei pra meter outro tapão nele
- Marcus? - Chamou uma voz fina no fim do corredor e nos dois olhamos na direção dela. O garoto do pepino, assim que viu a pessoa, parou de sorrir na hora.
Era uma garota loira com o mesmo uniforme que todo mundo, só que o dela, parecia muito mais bonito do que em qualquer outra menina. Ela era alta e andava com segurança até nós.
Eu uma vadia maconheira com o ego e auto estima de uma deusa, me senti insegura.
Assim que ela chegou perto da gente, a garota logo me lançou um olhar torto.
-E quem seria você? - Perguntou fazendo cara de nojo pra mim.
- Natasha Caldeirão, -Sorri sincera.
continua...