Poema sem Nome

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Não, esse poema não tem nome

Não tem apelido nem sobrenome

Tem apenas palavras que refletem o que sinto

A dor, a solidão que me perseguem diariamente

Toda vez que falo que estou bem eu minto

A anos não sei o que é me sentir inteiro

São tantos pensamentos que rodeiam minha mente

Esse poema não tem nome, apelido ou sobrenome

Tem apenas eu tentando aliviar todo esse receio

Todo esse medo

Todo o pavor

O poema sem nome

Que alimenta meu ser desnutrido

Desnutrido dá vontade de viver

Da vontade de ser

Vem como um abrigo

Me agasalha, me acolhe, me cobre

Se apresenta como um amigo

E somente nele em que me sinto a vontade de falar

A vontade de gritar

A vontade de chorar

Sim pois é nele onde eu finalmente recupero meu ar

E tenho forças para voltar a caminhar

Poema que não tem nome nem sobrenome

Onde seu autor se encontra morto

Morto por dentro

Deitado ao relento apenas vivendo

Ou melhor apenas sobrevivendo

Lutando todos os dias contra a solidão

Mas o poema sem nome estará sempre aqui

Dentro de meu coração

Diário de um poetaOnde histórias criam vida. Descubra agora