Capítulo 2

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Cheryl acordou com o toque do despertador de seu celular, ela tateia o bidé e desliga. Senta na cama, se espreguiçando soltando um gemido manhoso. Suas amigas se sentaram também na cama, Josie coça os olhos e Ethel boceja.

— Bom dia, meninas. — Ela deseja dando um sorriso tendo sua voz um pouco rouca, as duas olharam para a ruiva com um sorriso prontas para responder, mais o sorriso morre e seus olhos se arregalam.

— Cheryl....— A voz de Josie quase nem sai.

— O que foi? Por que estão me olhando assim como se tivessem visto um fantasma? Eu não acordo feia não, tá?! — Cruza os braços, ofendida.

— Não é isso, amiga. É que...— Ethel morde o lábio em nervosismo.

— É que o que? — Franze a testa, levantando a sobrancelha.

— O seu cabelo. — Josie diz.

— O que tem o meu cabelo? — Passa a mão nele, sentindo duro e sua testa franze.

— Ele tá cheio de cola. — A negra completa e os olhos dela se arregalam.

— O QUÊ?! — Exclama e prontamente se levanta da cama, sobe correndo as escadas e para em frente ao espelho da penteadeira. Seus olhos quase soltam para fora ao ver seu cabelo duro e nas pontas embolado. — AÍ MEU DEUS!!!!! — Ela grita e as duas correm rapidamente as escadas parando atrás dela. — Meu cabelo....o meu cabelo....— Repetia.

Sentiu suas pernas fracas e teve que segurar na cadeira para não cair desmaiada no chão, rapidamente, Josie segura sua cintura.

— Amiga, calma. — A negra pede, mesmo sabendo que não teria sucesso.

— COMO EU VOU ME ACALMAR, OLHA PARA O MEU CABELO! — Exaspera, apontando para ele. — Josie, me deu um teto preto e estou ficando com falta de ar. — Ela diz piscando os olhos freneticamente e dando um aperto no braço de sua amiga que arregala os olhos.

— Aí meu Deus, amiga. Respira! — Abana rapidamente com suas mãos e assopra.

— Josie, se eu morrer diga pra Toni e meu pai que eu os amo muito. Amo vocês também, amo Midge, Kevin...— Toca em seu rosto.

— Cheryl, para com isso! — Josie corta a ruiva que se cala. — Você não vai morrer, amiga. Para de dizer essas coisas. — Ela diz nervosa e apreensiva.

— Eu vou chamar uma enfermeira...— Ethel faz menção de sair, Cheryl impede segurando seu braço e atrai o olhar de sua amiga.

— Não será necessário. — A ruiva interrompe Ethel, tirando a mão de seu braço.

— Tá, então, você quer que eu chame a Toni...

— NÃO! PIOROU! — Cheryl corta novamente Ethel, exclamando altamente em desespero e elas sobressaltam. — Você tá maluca?! — Arqueia a sobrancelha. — Ela não pode me ver nessa situação deplorável que estou, Ethel. — Nega freneticamente com a cabeça. — Estou ridícula, não quero que minha namorada me veja assim. — Se aponta.

— Okay. — Levanta a mão em rendição.

— Bom dia, meninas. — Tabitha sai do banheiro, vestida com seu uniforme.

Sua voz fez com que elas olhassem para a morena que estava parada na porta com um enorme sorriso nos lábios. Esse sorriso que está explícito ser de satisfação.

— Foi você! — Cheryl exclama furiosa, apontando o dedo para ela. — Liguem pro meu advogado, porque eu vou te matar! — Ia partir para cima dela, mas foi segurada por Josie em sua cintura e impediu que fizesse isso. — Me solta, Josie! Eu vou matar essa garota! — Se debate em seus braços e sua amiga aperta mais seus braços em sua cintura, evitando que escapasse.

A person can chance his life (2º temporada) Where stories live. Discover now