02. Le passé frappe à la porte

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" Então você me quer agora? Engraçado
Porque você estava pouco se– antes
Está voltando para mim, sinto muito (ei)
Porque não tem espaço na minha cama
E eu estou ótima agora, outra pessoa está recebendo tudo de mim (ah)
Se você me queria tão desesperadamente, deveria ter dito (ah)

Então você me quer agora, agora, meu bem?
Então você me quer agora, agora, meu bem?
Então você me quer agora, agora?
Você deveria ter dito isso, deveria ter dito amor " Should've Said It • Camila Cabello

Tradução: " O passado bate a porta"

Max Verstappen

A semana mais badalada do calendário batia a nossa porta com força. Mônaco, a cidade do automobilismo. Onde as corridas ganham vida.

  E eu odiava com toda as minhas forças a mídia. Era um dos dias que eu e os demais pilotos mais passávamos sufoco. Chegava ser frustrante o quando pessoas ricas e influentes num lugar só, chama mais a atenção do que pessoas morrendo e passando fome por aí.

Ridículos hipócritas.

Fechei a fresta da janela, revirando os olhos vendo Daniel rir de mim.

— Seu humor fica uma merda quando corremos aqui — Comenta, voltando a seu jogo no celular.

— Esses abutres malditos já não saem do meu pé por semanas, imagine eles todos em um lugar só? Um inferno completo — Falei, quase enjoado por pensar na possibilidade.

— Ah, Max, vai ser um inferno mesmo te aguentar por dias com esse humor — Provoca, comigo mostrando o dedo para o australiano. — Não estou mentindo, pior ainda é a Kayice estar em Nova Iorque, e não estar aqui pra te fazer ficar mais suportável.

  Reviro os olhos, mais uma vez só escuta-lo mencionar a pequena Deusa. Kay teve um imprevisto, e acabou voando de madrugada para a América, já que um dos seus catálogos com a Armani mudou a data de renovação, adiantando, e assim, fazendo-a voltar para os estados Unidos correndo. E claro, não gostei, queria ela comigo nesta semana, mas, não sou um maldito possessivo que achava que ela é minha propriedade, é seu trabalho.

— Deus me ajude — Daniel fala olhando o teto da cabine, após ver minha expressão desgostosa.

....

  Press-conference é um método de me tortura inventado a anos atrás, já previsto para mim.

Sérgio e Carlos e eu saíamos da sala, e já estava mais que ansioso para ir a garagem conferir meu carro.

Assim que pensei em pisar fora do prédio, Vicky, minha assistente, puxou-me, olhando-me preocupada.

— Max, temos um probleminha— Fala baixo perto do meu ouvido, me entregando meu celular, e vi o contato de Kayice, já enchendo-me de preocupação.

Afastei-me após agarrar o celular, colocando-o na orelha.

— Key, Oi. Eu tô aqui! — Falei, preocupada, escutando seus soluços.

— Max... — Choraminga, entre soluços — Não aguento mais isso, não consigo respirar.

Era uma crise de ansiedade.

— Eu estou aqui, ok? Não chora, Querida — Falei, suavemente, mantendo a voz calma. Sabia que não podia ficar nervoso, não era a primeira vez que lidava com Keyice assim — Onde você está?

Mais soluços na linha.

— Em um banheiro — Fala após minutos, a voz embargada, puxando o ar forte.

Limerência • Verstappen Onde histórias criam vida. Descubra agora