Capítulo 34- Eu

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[Narração Rafael]

Assim que Bruna avista o quarto de Hannah, começa a caminhar na direção do mesmo mas fica surpresa ao encontrar ele vazio, a cama hospitalar está arrumada e alguns livros e objetos de Hannah estão no quarto mas ela não.
– Com licença..– Minha irmã chama uma enfermeira que passava no momento.
– Pois não? – Indaga.
– A garota que estava aqui nesse quarto, uma ruiva, seu nome é Hannah, ela teve alta? – Pergunta e a enfermeira não esconde a expressão de pena.
– Ela teve complicações e está na UTI, em coma esperando um doador.– Afirma.
– Um doador? Como? Eu nunca pensei em perguntar a ela porque estava aqui, que amiga horrível..– Bruna splta e a enfermeira começa a explicar que Hannah precisa de um fígado.
– O fígado não é o único órgão do corpo que se regenera mesmo estando só um pedaço pequeno? – Bruna queria ser médica, acho que não contei Isso antes.
– E a pele, no caso de Hannah não dá pra tirar a parte inflamada porque ele todo está assim, o jeito é o tirar por completo e por isso ela precisa que alguém lhe doe um pedaço saudável e compatível com o corpo dela, Doutor Felipe tem procurado como um louco, perguntou a todos aqui no hospital a altura e o peso.– Solta como uma fofoca que não devia ser ouvida.
– Altura e peso? – Minha irmã estava perto de descobrir, isso aconteceria agora.
– O doador do fígado deve ter a mesma idade e altura do paciente, assim o corpo que recebe o órgão naoo rejeita por achar que é parte dele mesmo, por não ter diferenças..– A enfermeira explica pacientemente.
– Sabe o peso e a altura dela? – Bruna pergunta.
– Eu anotei, só um minuto.– Diz olhando alguns papéis que estavam em sua mão. – Aqui.– A mulher mostra as anotações a Bruna que sorri, ela entendeu, finalmente descobriu.
– Onde vou para encontrar o Doutor Felipe? – Pergunta mantendo o sorriso, eu sorrio também e tenho vontade de chorar.
– Passa pela recepção o consultório dele é o último, os pais de Hannah estão com ele no momento, porque? Conhece alguém que possa doar? – A enfermeira curiosa pergunta.
– Conheço, eu.– Ela diz passando pela enfermeira a procura da sala do Dr.Felipe, então para na porta ouvindo a conversa.

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