Capítulo II: As Galinhas do Có

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Bom galera, gostaria de pedir desculpas pelo atraso da postagem do capítulo. E caso tenham erros gramaticais, me desculpem mesmo, vou voltar para corrigir novamente e consertar os erros. Espero que gostem do capítulo ❤

Depois dessa linda ameaça, bora pro capítulo 😍😍🔪

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Quando todos saíram do bar, junto de Seu Zé, Jurema fez um sinal com a cabeça para a galinha de penugem bege, que foi até uma das motocicletas e pegou um pequeno saco, voltando para o lado dos outros bichos.
Ela estendeu o saco, que parecia se mexer um pouco, como se tivesse algo vivo lá dentro. Quando o estendeu para Seu Zé, de repente algo pontudo fez um pequeno furo no pano, revelando algo afiado que parecia ser um ferrão, o que deu um leve susto na galinha que o segurava.

- Tenha mais cuidado, Odete. - Disse Jurema, com um pouco de rigidez na voz.

- Sim senhora. - Ela estendeu o saco para Seu Zé, que o pegou, ainda com aquela cara mau humorada.

Frederico havia ido até o fusca, pegando um pote de vidro que armazenava um líquido dourado e bem consistente.
Ele o entregou ao Seu Zé, que o pegou com a outra pata. Apesar de irritado, ao ver o pagamento, o texugo fica um pouco mais contente.

- São os amarelos, os que você mais gosta. - Disse Jurema.

Um sorriso se formou no rosto do velho texugo, que abriu o saco com cuidado e retirou de lá à força, um escorpião amarelo, o levantando próximo de seu rosto. O bicho começou a se debater, irritado. Instantaneamente, aquele animal que não era tão pequeno como em 1000 anos atrás, picou o rosto do texugo. Seu ferrão continha veneno o suficiente para matar uma harpia gigante das montanhas.
Porém, Seu Zé nem sequer fez uma careta, ou grunhiu de dor. O velho simplesmente jogou o escorpião para cima e o abocanhou, como se o veneno não surtisse efeito algum. - Ou até o torna-se mais saboroso ainda. - Os patos o olhavam esquisito, por mais que o conhecessem por um bom tempo, ainda era estranho um bicho comer veneno que podia os fazer agonizar até a morte e ainda ficar todo alegre. Jurema já tinha se acostumado faz tempo.

- Bom, vocês já podem vazar daqui. - Ele disse, voltando ao mau humor enquanto enfiava a pata dentro do pote de mel e o levava até a boca.

- Não precisa ficar assim, velhote. - Falou a líder das galinhas. - No máximo em uma semana voltaremos aqui com o que você pediu. - Ela bateu a asa no peito, confiante.

Lambendo a pata lambuzada de mel, Seu Zé a olhou com seriedade, ficando alguns segundos em silêncio.

- Tá certo, mas não me chama de velhote não em, pode parar com essa mania besta. - Ele a advertiu, mesmo sabendo que ela não iria ouvir.

Uma das galinhas já ia até sua motocicleta, colocando seu capacete de segurança. Quando deram mais atenção para a fumaça que se formava na estrada em frente ao estacionamento, que vinha de Aricotra, o território dos trambiqueiros e caçadores de recompensas. Um povo bem louco e de caráter duvidoso. - Sejamos sinceros? De caráter nenhum, podre, deplorável, horrível! Não confie neles, pois será o seu fim. Depois não digam que eu não avisei! - Ninguém era louco o suficiente de botar as patas lá, mas como em toda regra existem algumas exceções, aqui não seria diferente. Tem louco para tudo.
A fumaça logo foi ficando mais intensa, parecia se aproximar. Eles vinham pela estrada ao lado contrário por onde as galinhas vieram, em frente ao bar.
A poeira baixava aos poucos, revelando um pequeno grupo de quatro baratas ridiculamente enormes.
Seus abdomens eram cobertos por um grande pedaço de pano, um pouco rasgado, com furos e em cores mais escuras. Apesar de cobrirem suas cabeças, as antenas estavam curvadas e expostas.
Um arrepio percorreu o corpo inteiro de Pato Frederico e de seus dois amigos. Logo o arrependimento por estarem ali naquele momento bateu. Seu Zé e todas as galinhas cerraram o cenho, mantendo suas posturas firmes.
Logo a poeira baixou por completo e aquelas baratas se colocaram de pé, mostrando suas patas extremamente fortes. Conforme se aproximavam, mais altas ficavam.
Uma delas andava na frente das outras. Suas outras quatro patas estavam escondidas dentro da capa verde musgo. Suas enormes antenas se mexiam um pouco, assim como suas presas asquerosas, que se moviam de forma ágil.
Seus grandes olhos pretos conseguiam assustar muitos animais, visto a sua má reputação.
A grande barata, que parecia ser poucos centímetros maior que Seu Zé, se aproximou ainda mais, e de dentro de sua túnica que envolvia seu corpo, saiu sua pata mecânica segurando um grande saco. Ela era igual a uma pata normal, mas completamente feita de metais e com a antiga tecnologia humana que eles sempre encontravam.
O inseto jogou o saco no chão, perto das patas traseiras de Seu Zé, que olhava emburrado para o saco de pano que se mexia no chão. - Ou como diriam os já extintos humanos, com cara de cú. - A barata retirou o capuz da cabeça, escondendo novamente o braço dentro da túnica.

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⏰ Última atualização: Sep 18, 2022 ⏰

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