Cúmplices

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Entrou na Recepção. Mostrou uma identidade falsa de nome Roger Smith.
- Muito obrigada - Max disse ao passar pela catraca que dava acesso aos pacientes.
Foi andando pelo corredor que lhe era familiar há alguns meses, já que ele aparecia ali com freqüência.
Andou mais um pouco até o quarto 704.
Ficou paralisado, e abaixou a cabeça quando viu sair dali o Dr John Flynn, o psiquiatra responsável pela paciente daquele quarto.
Baixou bem a cabeça para evitar que o médico o visse e que caso algum dia tivesse o azar de cruzar com ele em Nova York a farsa estaria acabada.
Assim que Flynn passou por ele, sem notá-lo, já que estava distraído anotando alguma coisa em uma prancheta, Max andou direto para o quarto 704.

Ela estava lá. Deitada. Os cabelos castanhos amarrados num elástico para cabelo. E de costas pra ele. Ela nem percebera sua chegada. Só notou pelo barulho que fez quando fechou.
Ela se virou.
-Demorou hein? Fez tudo direitinho? Foi visitar a babaca? Opa.. Que isso no seu rosto?
- o tal do Christian.. Ele anda nos bisbilhotando ou sei lá.. Cismou que eu estou com você e blá blá blá..
-Típico dele. -Ela bufou -Escuta, você não falou meu nome pro seu tio não né? Sei lá vai que ele acabe falando pra ela e tal. .
-Não sou tao burro assim não é Leila? Disse que seu nome era Lucrécia.
-Lucrécia? Não tinha outro nome melhorzinho não? Parece nome de cadela.
Ele riu.
-pelo menos ele não vai saber nunca que a donzela que me deu um pé na bunda é a ex sub do marido da filhinha dele.
Leila se sentou na cama.
-Flynn veio fazer o que aqui?
-O de sempre. A mando de Christian claro.
-Falar nisso.. a gente precisa ser mais cuidadoso nas fugas. Ele me mostrou uma foto que um dos capachos dele tiraram da gente se pegando no carro.
-Não. Isso não pode. Eu te falei que a gente tinha q usar disfarces não falei? Ou pelo menos eu! Porra! Que vacilo!!
Max sentou na beirada da cama.
Ele estava relaxado, ao mesmo tempo que ela estava tensa.
-Precisamos ser mais cuidadosos entendeu max?Nada pode dar errado. Vou acabar com essa familiazinha de merda que Christian diz que tem! Vou destruir tudo o que ele ama.
-Francamente, eu nunca vou entender essa sua obsessão por esse cara! Agora vem, cadê todas as pilulas que você tomou?ou melhor não tomou?
Ela pegou uma sacola que estava debaixo do travesseiro e o entregou. Varias pílulas de remédio que ela havia fingido que tinha tomado.
-Já sabe o que fazer não sabe?
-Sei Leila.. Sei...
-Muito bem. Vamos dar mais uma badalada hoje. Dessa vez serei uma ruiva sexy.
Ela falou sorrindo. Max sorriu em concordância e a agarrou.

A quilômetros dali, na casa dos Grey, Christian acordava com o band-aid pendendo em seu queixo.
Foi até o banheiro lavar apenas o rosto. Tinha decidido trabalhar em casa numa sexta feira entediante. Anastásia ainda estava dormindo, e ele voltou pro quarto e se deitou ao lado dela beijando-a e acariciando-a.
Ana acordou com um breve sobressalto
-Bom dia Dorminhoca! -Ele sorriu pra ela.
-Bom dia! Que horas são? -ela se espreguiçou.
-8:30.
-Ai MEU DEUS! ESTOU ATRASADA! -ela gritou apavorada. E deu um pulo da cama correndo pro banheiro. Tomou um banho rápido e saiu à procura de algo que combinasse para hoje
Foi então que ela percebeu que Christian estava sentado na cama, a observando e com os olhos sorrindo.
-Você não vai pra empresa?
-N ão.
-Porque?
-Porque eu posso oras! -Ele sorriu.
Acabou com a conversinha e saiu do quarto. Tomou café rapidamente e olhou pra Taylor:
-O carro já está pronto Taylor?
-sim senhora Grey.
-Você poderia muito bem fingir que está doente e aproveitar um tempo de qualidade com a sua familia.. Você sabe não sabe? -Christian falou, descendo as escadas.
-Sei. Mas não vou fazer isso. Mas já que vai ficar em casa, fique pelo menos de olho nas nossas meninas. Falando nisso, onde está meu pequeno?
-Taylor já o levou para a escola senhora Grey.  -Sra Jones deu um sorriso amarelo para Anastasia.
-Ah querida.. Obrigado!! -Ela sorriu. Pegou a bolsa e rapidamente sumiu do campo de visão de Christian.

Depois que Anastásia saiu, Christian tomou seu café da manhã subiu e andou preguiçosamente ao quarto das meninas.
Elas dormiam feito uns anjinhos. Ele mal acreditava que já tinham 8 meses de vida.
Duas princesas. Ele sussurrou. Deu um beijo em cada uma e saiu do quarto lentamente.

Um dos cinqüenta tons de Christian: o pai amoroso e super protetor.
Não que ele não o fosse, mas era raro demonstrar tanto afeto.

Saiu do quarto ainda de pijamas. Foi até o quarto dele e vestiu uma roupa casual, porém elegante.
Depois foi até o escritório e notou o quão estranho era ficar um dia normal em casa. Ele realmente tinha esse poder.

Ligou o computador e foi para a caixa de entrada do email.
Nada ainda.
Resolveu mandar um email para Anastásia, mas ela foi mais rápida.

De: Anastasia Grey
Para: Christian Grey
Assunto: Aproveitando a folga planejada?

Caro senhor Grey
Curtindo sua folga sem mim?
Aposto que sim.
O dia está entediante aqui. Devo dizer que a sua oferta em me fazer ficar em casa foi um tanto irrecusável.

Sua esposa
Anastásia G

Christian ia responder quando viu uma ligação de Welch em seu celular
-Diz Welch.
-Senhor, tenho novidades. E são do tipo que não se diz por email.
-Tudo bem, Welch. Estou em casa. Venha pra Cá. AGORA.

Christian ordenou, e desligou o celular.
Alguma coisa dizia a ele que era sobre Max. E não estaria errado.

Fifty Shades of HappinessOnde histórias criam vida. Descubra agora