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Sarah Bantley

— Identidades? — pediu o segurança na porta de entrada da boate. Eu e Kyan tínhamos ficado por uns 20 minutos na fila.

Primeiro Kyan entregou a sua falsa identidade e passou direto, depois eu entreguei para o segurança a minha. Ele olhou para a identidade e para mim desconfiado. Eu engoli em seco, abrindo um pequeno sorriso e me sentindo nervosa por estar praticando um crime.

— Pode entrar. — ele disse me entregando a identidade e eu suspirei de alívio. — Esses jovens estão cada dia parecendo mais novos... — escutei ele murmurar quando passei por ele.

Quando entrei pela porta, consegui analisar melhor o local. Tinha muitas pessoas dançando e bebendo, enquanto uma música alta tocava. As luzes eram coloridas e me deixavam quase tonta. Gostei.

— Pensei que ele ia descobrir que eu sou de menor. — eu disse para Kyan enquanto ele me puxava pela mão.

— Eu também. — disse sincero quando paramos em frente ao bar. — Você tem um pouco de cara de criança.

— Cala a boca. — eu disse dando um leve empurrão no seu ombro, enquanto ele ria. — E você tem as atitudes de criança. — eu retruquei dando um falso sorriso.

Kyan riu mais.

— As vezes eu sinto saudades de te irritar. — ele disse se aproximando de mim e colocando suas mãos no fim das minhas costas.

— Eu não sinto saudades dessa época. — eu disse colocando minhas mãos no seu pescoço. — Eu quase morria de ódio, se verdade.

— Nós dois sabemos que você sempre gostou de mim e você demonstrava seu amor me xingando. — ele disse divertido e eu revirei meus olhos.

— Você que sempre gostou de mim.

— Gostava mesmo. — ele disse me roubando um beijo, que eu fiz questão de retribuir.

Nos separamos quando escutamos o barmen falando com a gente:

— Vão querer o que? — perguntou parecendo um pouco desconfortável por nós estarmos nos beijando.

— Vou querer uma vodka com energético. — pediu Kyan e o barmen pegou a garrafa para preparar.

— E você? — perguntou o barmen para mim quando terminou o do Kyan.

— O mesmo. — eu disse e ele concordou, preparando o meu. Me entregou e depois foi atender outra pessoa.

Ficamos bebendo e conversando, enquanto eu sentia a bebida fazer efeito quando estava no final do copo.

— Vamos dançar? — perguntei ao pé do ouvido do Kyan, e não esperei sua resposta, colocando meu copo em cima do balcão do bar e tirando o copo do Kyan da sua mão, também colocando em cima do balcão.

Puxei ele pela mão para o centro da pista de dança, entre as diversas pessoas que estavam ali também dançando.

Comecei a dançar, sentindo Kyan atrás de mim e com suas mãos na minha cintura. Eu balançava minha cintura e Kyan me acompanhava, enquanto sentia sua respiração no meu ouvido, enquanto ele grudava em mim.

Fechei meus olhos e abri um sorriso, enquanto sua mão subiu para meu pescoço e colocou meu cabelo de um lado só do meu ombro, deixando o outro exposto. Senti seus lábios na minha pele e eu suspirei.

Me virei de frente para ele, que me olhava com tanto desejo como eu. Sorri e aproximei minha boca da sua, mas não o beijei. Minhas mãos estavam em seu cabelo, mas desci uma pelo seu abdômen, vendo Kyan morder seu lábio inferior e me olhar com suas pupilas dilatadas.

I Hate YouOnde histórias criam vida. Descubra agora