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Suas costas ardiam enquanto a água quente escorria por elas. Deu um pequeno sorriso lembrando da noite que acabou de ter. Seus pensamentos foram interrompidos por uma figura esguia e pequena que adentrava o banheiro.

-Lucas, já faz uma eternidade que você tá aí e eu preciso de ajuda pra trocar os panos da cama, até porque nem faço ideia de onde estejam. Então, colabora com nós dois e anda logo.

-Claro, meu anjo. - Mesmo que o deboche fosse perceptível em sua voz, o sorriso era verdadeiro.

Tratou de terminar logo o banho e vestir apenas uma cueca e um short, ambos pretos. Saiu do banheiro e se deparou com Dejun deitado em sua cama mexendo no celular.

-O que tá fazendo? - Perguntou subindo encima dele, passando a cabeça entre seus braços e beijando seu queixo, a mão fazendo um carinho sutil e sua cintura.

-Avisando aos meus pais que não vou pra casa e ao Yangyang que não vou à aula amanhã. - Pareceu pensar por uns segundos. - Hoje, no caso.

-Entendi. - Continuou distribuindo carícias preguiçosas de seu queixo até a barra da blusa, na clavícula.

-Oi, papai.

-Quando você vem?

-Não vou, já disse que não ia voltar hoje.

-Por que não avisou que ia dormir na casa do Liu?

-Nunca disse que estava na casa dele.

-Prove!

-Papai, não estou na casa do Yangyang, estou na casa de um... Amigo.

-Quem?

-Você não o conhece.

-Qual deles é?

-Já disse que você não conhece.

-Me diga pelo menos o nome dele.

-O nome? Bem, Lucas Wong.

-Você tá na casa de um Wong!??

-Esqueceu que o Hendery é um, por acaso? E para de gritar, é quase uma da manhã, dá um desconto. - Lucas acha que ele fica bem mais do que fofo quando suas sombrancelhas se unem e um biquinho é formado em sua boca, como acontece agora.

-Mas o pai do Hendery não é dono de uma das maiores empresas de Hong-Kong.

-Ponto.

-Me deixar falar com ele.

-Não.

-Não foi um pedido, Xiao Dejun!

-Não vou.

-Vou chamar sua mãe!

-Pra quê?

-Xiaojun!

-Vou dormir, tchau.

Desligou o telefone sem se importar com qualquer resposta que seguiria dali. Jogou o aparelho de lado e abraçou a cabeça do maior ali presente.

-Você e seu pai tem um relacionamento bom? - Riu um pouco.

-Até que sim. Ele é teimoso, eu sou pior, nos entendemos bem. E você com o seu? - Agora arranhava levemente sua nuca.

-Não nos matamos, poderia dizer que é normal.

-Entendi. Lucas? - Chamou. - Quando foi que chegamos... Nisso?

-Não sei, sua boca fica extremamente atraente quando explica algo.

-Obrigado? - Deu uma pequena risada confusa.

-De nada. - Dejun recebeu um selinho singelo nos lábios. - Jun, cozinha pra mim?

-Não.

-Por favor. - Fez carinha de cachorro.

-Já é uma da manhã, idiota. Pelo amor. - Revirou os olhos.

-Mas eu tô com fome.

-O que eu tenho com isso?

-Caramba, você pode ser um pouco mais carinhoso pelo menos nas palavras? - Xiaojun revirou os olhos, retratando diversão dessa vez.

-O que quer comer?

-Você faz isso de propósito. - Estreitou os olhos desconfiado, como se acabasse de descobrir o maior segredo de todos os tempos.

-Não faço.

-Você faz sim, tem prazer em me contradizer.

Nesse momento, ambos estavam sentados um de frente para o outro, Lucas respirando fundo e Xiaojun sorrindo bonito.

-E se for? Te incomoda?

-Nem um pouquinho. - Sorriu antes de tomar seus lábios novamente na noite.

Antes de dormirem definitivamente, Xiaojun cozinhou macarrão instantâneo simples e eles começaram a ver um filme qualquer da Marvel, Lucas escorado no canto do sofá e Xiaojun sentado no meio de suas pernas com as costas contra seu peito.

hurry up · luxiaoOnde histórias criam vida. Descubra agora