Assexualidade

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Luffy era uma pessoa simples, ele fazia o que precisava e o que gostava, sempre livre da opinião alheia, com a qual ele não se importava.

Luffy era um furacão ele amava ou odiava com a força de um fenômeno da natureza. Ele amava sua tripulação, amava carne, amava aventuras, amava seus irmãos e família, amava o mar, ele amava Torao também.

Mas diferente do resto das pessoas a sua volta, Luffy nunca se interessou em sexo ou beijos, pra ser exato. Luffy achava beijos nojentos, como colocar a língua na boca de outra pessoa poderia ser algo bom?

Mas ele entendia que seus amigos eram diferentes dele, então se eles quisessem fazer isso estava bem para ele, contanto que ele mesmo não fizesse.

Um dia qualquer no mar, Luffy estava com fome, mas quando foi em direção a cozinha, viu algo que ele achou que não deveria, Sanji e Zoro estavam se beijando. Ver aquilo deixou Luffy curioso, esquecendo ou apenas deixando para depois o seu lanchinho, Luffy correu para o convés, onde encontraria Robin, a pessoa em quem ele mais confiava para perguntar sobre coisas que ele não entendia.

- Oi, Robiiin - ele gritou saindo ao convés, pulando até chegar a mulher que tinha um sorriso gentil em seu rosto.

- Sim, Luffy? - disse ela batendo em suas coxas como um convite para ele se deitar. Quando já deitado ele perguntou:

- Por que as pessoas beijam?

- Hm, como eu deveria explicar isso? - ela falou colocando a mão no queixo. - As pessoas beijam quando estão apaixonadas, Luffy. É um ato para demonstrar amor.

- Mas Robin, é nojento colocar a língua na boca de outra pessoa. Como pode ser uma demonstração de amor se abraços e beijos na bochecha ou testa são melhores?

- O beijo a que você se refere é uma demonstração do amor romântico. Você sabe o amor que você sente por mim, por Nami, Zoro e o resto da tripulação? - ao acenar de Luffy ela continuou - esse é o amor de amigo, esses beijam e abraçam como você disse de um "jeito melhor", o mesmo se aplica a sua família. Já o amor com beijos como o que você perguntou é como o amor de casamento ou namoro.

- Oh sim, o casamento também tem aquela outra coisa nojenta, é... sexo, isso sexo.

Ele ainda se lembra de quando tinha 15 anos e Makino lhe explicou o que era sexo, ele simplesmente sentiu repulsa e nenhuma vontade de fazer.

- Oh sim, essa é outra demonstração de amor, Luffy.

- Mas o amor de casamento e namoro tem que ter isso, Robin?

- Não. Nem todos sentem vontade de beijar ou fazer sexo. Isso é chamado de assexualidade.

- Então, se eu quiser ser namorado do Torao, eu não preciso fazer sexo ou beijar?

- Não. E se ele não aceitar uma relação com você nesses termos, então ele não deveria estar com você. - ela disse suavemente, nem um pouco surpresa com suas questões e descobertas. - Ser assexual não tira a possibilidade de uma relação como casamento ou um namoro, só é diferente do esperado.

- Robin, eu não estou quebrado? - Luffy perguntou - Porque todo mundo sente vontade, mas eu não eu acho nojento.

- Você não está quebrado Luffy, isso é apenas quem você é. Você é especial Luffy, não precisa ser igual aos outros, você é você, meu incrível capitão.

Luffy sorriu para sua arqueóloga com muito amor é carinho em seu sorriso.

Ela já imaginava Luffy sendo assexual e gostando de Torao. Ela tentou ser suave sobre como ela queria que caso Luffy tentasse algo com o homem, ele não aceitasse menos do que merecia. Luffy aceitou o que ela disse, sem protestos, por isso ela era grata.

Fazendo carinho em seu cabelo, ela deixou que ele adormecesse aos poucos em seu colo, feliz por ele confiar tanto nela para conversar sobre isso.

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