RINGUE.

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Estávamos em um ringue. Eu não tinha nenhuma proteção, nem preparo físico, força ou músculos. Você fechou os punhos e se armou, enquanto eu fiquei estática. Você tem força, músculos, preparo físico e proteção. Um soco em cheio me acertou. Cambaleei para trás. Corri pra cima de você e fui jogada para o outro lado do ringue. Você sorriu de forma sádica e veio para cima de mim com todo seu amor e sua beleza descomunal. Me levantei, tentando fugir de você. Outro soco, agora em meu estômago, eu consegui sentir o gosto metálico na minha boca. Fiquei sem forças. Você me segurou pelos ombros e passou a desferir socos e chutes sem parar. Eu sorria. Você e seu amor doentio sempre se transformavam em paixão depois que doía, no final do dia. Eu caí no chão depois da surra, ensanguentada. Você voltou a si, agora desarmada, me segurando nos braços e pedindo desculpas. Eu te desculpei. Mas no outro dia estávamos no ringue de novo.

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