Mo chróga beag!

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Os olhos verdes contemplavam as suaves ondulações causadas pela brisa na superfície escura do rio Tâmisa, o maior rio inteiramente em solo inglês e o segundo maior de todo o território do Reino Unido

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Os olhos verdes contemplavam as suaves ondulações causadas pela brisa na superfície escura do rio Tâmisa, o maior rio inteiramente em solo inglês e o segundo maior de todo o território do Reino Unido. Olhos que já viram o pior da humanidade, olhos cansados, sagazes, profundos, misteriosos. Olhos que se fecharam apreciando o vento gélido soprado em seu rosto alvo, tremulando os fios negros de seus cabelos presos em uma intricada trança que descia até o meio de suas costas.

Suspirou...

Música on: Sara Bareilles - Breathe Again 

- Mhama (Mamãe), um dia serei princesa igual a Andréa? – A voz infantil continha a inocência que hoje já não possuía mais.

- Ah iníon (filha), mulheres como nós não sentam no trono, mas para mim sempre será mo chróga beag (minha pequena valente). – Sorriu docemente antes de deixar um beijo na testa da pequena que tinha seus olhinhos verdes brilhando.

- Mas... mas... daid (papai) não é o Rei? – Algumas coisas eram complicadas de se entender por uma mente que ainda não havia descoberto as maldades do mundo.

- Sim, mi (querida), mas mhama não é a Rainha. - Elizabeth sempre tão paciente...

- Vamos Andréa, deixe de ser molenga! – O garotinho ria zombando da pequenina que tentava os acompanhar.

- Ela não é molenga, só tem as perninhas menores que as nossas. – A mais velha ralhou se abaixando para ajudar a pequena a se erguer do chão. – Machucou? – Os olhos verdes miravam a irmã com preocupação, ao passo que recebeu um negar tímido com a cabeça como resposta.

- É melhor que ela volte, está nos atrapalhando na caça. – Lex estava impaciente, precisava mostrar ao pai o quanto era valente.

A mais velha estava pronta para responder, quando um lobo de pelagem cinzenta pulou por detrás das arvores indo de encontro a Lex. Sem esperar pelo ataque, o garoto se assustou caindo sentado no chão e se não fosse pelos reflexos da irmã, o estrago teria sido fatal.

- Lena! – A pequena Andréa gritava em meio as lágrimas.

- SAIAM DAQUI! – Gritou de volta agarrando o lobo pelo pescoço, fechando os braços num "mata leão".

O animal se debatia em busca de ar movendo suas patas ferozmente, rasgando profundamente o lado esquerdo da face alva de Lena, mas não o soltou até que o animal não parasse de se mexer, precisava proteger seus irmãos.

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