Helena então se assusta ao saber da bissexualidade de Isabela, e fica mais pasma ainda com a ideia de que ela poderia se interessar mais ainda em seus "dotes". Helena então decide ligar pra Rogerio e aceitar a vaga de emprego, na mesma hora ela já deixa Angie com sua mãe e volta pra casa pra se arrumar.
Então não demorou muito e Rogerio foi busca-la animado. Ao sair de sua casa ela se depara com Rogerio de braços cruzados e apoiado com um pé na roda de seu Audi A4 Branco, A camisa de vermelha seda com os dois primeiros botões desabotoados o deixava tão maravilhoso que parecia que ele tinha saído dos livros que ela havia lido em suas noites frias e tristes quando sua única companhia era uma taça de vinho, os travesseiros e as cobertas, mais naquela época ela usava camisetas largas e moletons cinza que desanimavam qualquer um, sem falar de seu cabelo que esta sempre preso ou amarrado e às vezes ela sentia pena de si mesma já que ao olhar no espelho se via como uma Bridget Jones prestes a cortas os pulsos ou tomar um vidro inteiro de Xanax. Mais agora ela estava diferente já quase não lia mais os livros de erotismo que consumia vorazmente, e seu cabelo estava impecável, macio, sedoso, e solto, agora com um vestido que sempre ressalta suas qualidades físicas. Helena assim tão bela encanta Rogerio.
- Helena você me surpreende cada vez mais, pensei que iria ficar com medo, mais no fundo eu sabia que você era uma caixinha de surpresas. - Com um sorriso meigo e meio acanhado no rosto Helena respira e reponde.
- Isso é só o começo meu querido. - Responde Helena olhando nos olhos de Rogerio de lhe dando um beijo e entrando no carro, após alguns minutos o carro de Rogério parou em frente a uma mansão enorme e linda. Helena ficou boquiaberta, vendo aquela casa.
- Moram quantas pessoas aqui? – perguntou helena abismada.
- Que eu saiba a Isabela e algumas meninas que trabalham para ela, mas essas vêm e vão - respondeu.
- Caramba, morar sozinha nessa mansão. Exagerada sua amiga, hein? – disse embasbacada.
- Não esqueça que ela também promove festas aqui como na semana passada. Não é só a casa dela, mas o local de trabalho também - falou Rogério, saindo do carro e cumprimentando uma jovem que veio recebê-los. Helena também a cumprimentou e, de mãos dadas com Rogério, entrou na mansão. A jovem, Estela, secretária particular de Isabela, pediu que esperassem um pouco que a patroa logo viria. Helena continuou deslumbrada com o luxo da decoração, os quadros, o mármore, os candelabros e, além do luxo e da riqueza, a beleza do local. De repente, ouve uma porta se abrir e uma mulher estonteante se aproxima deles. Loira, cerca de 1m80, 38 anos saberia depois, cabelos ondulados, impecavelmente vestidos com uma saia vinho pouco acima dos joelhos e uma blusa cinza clarinho, de botões e mangas compridas. Não usava maquiagem, apenas um batom vermelho que realçava seus belos e bem desenhados lábios. Isabela estendeu a mão para cumprimentá-la:
- boa tarde, você deve ser Helena - sua voz era doce, meiga e muito suave e seus olhos, penetrantes.
- Olá, muito prazer - respondeu Helena, encantada com aquela mulher. Isabela também cumprimentou Rogério e convidou Helena para irem à biblioteca conversar. Rogério não entrou e ficou esperando lá fora.
Isabela apontou o sofá para Helena se sentar e lhe ofereceu um chá. Estendeu-lhe uma xícara de porcelana chinesa com a bebida e se sentou ao seu lado. Todos os seus gestos eram de uma elegância impar.
- Então, Helena, o Rogério me disse que você está interessada em trabalhar para mim - iniciou a conversa.
- Na verdade, ainda não sei dona Isabela. Nunca pensei em ser prostituta na minha vida - respondeu.
- Em primeiro lugar, não me chame de dona, é só Isabela. E, em segundo lugar, pode parecer hipocrisia, mas não usamos o termo prostituta por aqui, são acompanhantes. É hipocrisia porque, na prática, é a mesma coisa, mas o efeito psicológico da palavra prostituição é muito forte. Nesses casos, prefiro a hipocrisia - falou Isabela. Seu palavreado era outra qualidade que lhe sobressaía. Isabela parecia ser muito culta, fina e educada. De certa forma, isso deixava Helena mais à vontade.
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Prósperos Segredos
Literatura FemininaA historia se passa em São Paulo, e gira entorno de Helena que é uma mulher que a vida tratou de cuidar de uma forma contraria a sua vontade, ela é professora bonita e simpática mas também é, digamos "mal amada", por mais Clichê que possa parecer, o...