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P.O.V. Any

Quando eu acho que nada pode piorar vem a vida e me da mais uma rasteira, essa sem dúvidas me derrubou, mas não vou ficar no chão.

Depois que descobrimos o roubo que meu pai fazia na empresa, as coisas só pioraram e agora chegamos ao fundo ou quase lá, a empresa esta nas últimas quase falida e pra cortar gastos tivemos que deixar a mansão onde morávamos

Depois de muito procurar uma casa pra morar pelo Rio de janeiro, só nos sobrou o pior lugar de todo a favela, não é que eu dsteja reclamando e ache nojo do lugar, mas convenhamos que não é o melhor lugar pra se morar, mas foi o único que nos sobrou...

As casas por aqui por baixo são caras e os aluguéis mais ainda, temos que economiza ate conseguir reerguer a empresa, eu tive que parar minha faculdade de Medicina mas pretendo voltar, a de advocacia eu também parei, sim eu faço duas faculdades, eu tava confusa para escolher então como tinha muito tempo livre fiz as duas, uma é a tarde e a outra é a noite, ou melhor era.

Mês que vem eu vou tentar fazer as provas para ganhar uma bolsa, sei que é difícil mas não quero parar meus estudos, eu comecei esse ano e já tive que trancar é decepcionante, sinto pena do meu avô, ele ta tendo bastante problema com o que meu pai ocasionou, mas sempre que posso lhe ajudo.

Lucio: pronto querida essa foi a última - assenti sem ânimo - vamos garotinha cade aquele sorriso lindo, sei que não é o melhor lugar mas foi o único que achei

Any: e se uma bala nos atingir enquanto aqueles bandidos trocam balas com a policia por acha que tem direito de roubar e mandar nos outros - ele suspirou

Lucio: não temos escolha querida - ele entrou no taxi e fiz o mesmo - para o Morro do alemão pro favor

O taxista deu partida em direção aquele lugar e relaxei meu corpo tentando não surtar por estar indo morar em uma favela, pelo menos eu terei um teto sobre minha cabeça e tenho apenas que agradecer.

Depois de um longo tempo chegamos a entrada

Xx: eu só posso vim ate aqui senhor - meu avô assentiu e lhe pagou - obrigada e boa sorte

Ajudei meu avô com as malas e seguimos ate onde havia três homens com cara de cu achando que botão medo em alguém

Xx: quem são vocês? - perguntou nos olhando e depois parou seu olhar em mim - a princesinha não acha que ta arrumada demais pra entrar em um morro

X2: se é que vai conseguir subir com esse salto - falou o outro me olhando

X3: calem a boca vocês dois - o outro que estava mais afastado falou - devem ser a any e o Lucio correto? - assenti - me chamo noah, braço direito do dono

Any: ta... Podemos passar logo essas malas são pesadas - ele sorriu

Noah: podem sim - ele olhou pra mais dois homens - Lamar e pk ajudem a eles levarem a mala

Lamar: por que?

Noah: por que eu estou mandando porra - os dois nos olharam e pegaram nossas malas

Começamos a andar em direção a casa e vi o olhar cansado do meu avô, faz três meses que meu pai foi preso e ele teve aquele infarto, graças a Deus não teve sequelas, mas ele se cansa muito rápido

Pk: deixa eu ajudar o senhor - falou assim que me viu segurar meu avô e se apoiou do outro lado

Assim que paramos em frente a casa que era quase no topo do morro, abri a porta e os meninos colocaram a mala na sala, o pk ajudou meu avô a sentar no sofá e levei os dois ate a porta

Pk: se precisar de qualquer coisa pode me chamar - falou me olhando

Any: obrigada pela ajuda - falei pra ele pois o outro já havia ido embora

Pk: estou as ordens e não liga pro lamar ele é meio cavalo assim mesmo mas é gente boa, jamais faria mal a vocês, o chefe detesta que tratemos mal os moradores - falou e saiu em seguida

O chefe ele quer dizer o "dono" do morro? Bom seja lá quem for deve ser só mais um bandido como todos os outros, mas o pk foi gentil e gosto de gentileza...

Sentimentos pelo Dono do Morro Onde histórias criam vida. Descubra agora