o lobby

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Eu normalmente não costumo acampar sozinha mas hoje eu o fiz, peguei minha barraca e minha mochila com tudo que eu poderia precisar, vesti uma legging mais grosa, uma camisa preta de mangas compridas, e um tênis esportivo que nem tem marca e parti para a floresta.

Ouvi disser que algumas pessoas já desapareceram nessa mesma floresta que estou indo, parece burrice ir em um lugar onde pessoas desaparecem, mas eu estou preparada, tenho uma arma de fogo Taurus G3c, e uma faca ou adaga do tamanha da palma da minha mão, então estou mais segura.

levei cerca de duas horas ate a floresta, e agora é anda ate achar um bom lugar pra monta tudo, com uma bússola em uma mão e uma mapa na outra vou me localizando já que aqui não tem sinal. finalmente encontrei o lugar perfeito, uma clareira com um riacho pertinho, montei tudo bem rápido mas como sai de casa tarde já estava escurecendo então fui pegar uns galhos pra fogueira.

um barulho no meio das arvores me distraio, não vi onde estava pisando cai num buraco.....mas o queda não acabava...eu estou com muito medo de onde isso vai me levar, talvez uma caverna que ninguém conheça e agora vou desaparecer como os outros, todos esses pensamentos se dispersaram quando senti o chão, mas não era um chão de pedra como eu tava imaginando, quando finalmente abri os olhos me apavorei, eu tava num lugar completamente estranho, olhei por onde eu vim e só tinha um buraco escuro sem vim e muito íngreme pra escalar, voltei a examinar o lugar e era não sei um tipo de casa? um armazém? eu não sei mesmo, as paredes eram amarelas e estavam mofadas, o chão de carpete bege estava úmido, eu olhei por todos os lados procurando uma saída mas nada.

eu estava desesperada, não sabia se gritava por ajuda ou ficava quieta com o medo de algum psicopata estar aqui só esperando alguém para torturar, nem percebi quando comecei a chorar mas agora não parava mais, estou em pânico como vou sair daqui? sem sinal, a bussola não funciona, e toda comida e água que eu tinha estava na bolsa, inclusive minha arma, só tinha minha faca comigo.

comecei a andar pelos corredores que eram todos iguais, as lâmpadas faziam um zumbido que parecia mais alto a todo momento e nunca sessavam.

andei chorando por corredores a mais corredores nada, nem uma sala diferente, nenhuma pessoa, ou qualquer coisa, não tinha nada parecia que estava andando em círculos.

estava andando ao que parece horas, estava cansada, com fome, sede, e ainda chorava.

eu continuei andando por um tempo, até que desisti e deixei o cansaço me vencer, sentei no chão com as costas apoiadas na parede mofada, caindo no sono logo em seguida.

acordei num pulo com o sustou que levei ao escutar um barulho, me levantei e fiquei estática, o barulho se fez presente de novo e estava mais alto como se estivesse se aproximando, não perdi tem e tratei de correr para o lado ao contrário, o dono do barulho estava me perseguindo, podia sentir ele se aproximando seja lá oque for, em um momento olhei para trás, fiquei horrorizada com oque via, era grande talvez uns 2 metros ou mais, parecia ser feito de metal e fios grossos, seus "braços" quase alcançavam o chão, e sua cabeça era tipo uma caixa de metal.

eu acabei tropeçando e cai, tentai me levantar mas a coisa me pegou pelo pé e me jogou na parede, senti como se minhas costas tivessem quebrado, ele avançou em mim de novo mas fui rápida rolei por baixo dele começando a correr novamente.

Lillian; porra mas que merda, que PORRA É ESSA?

eu corria enquanto soltava todos os xingamentos que sabia.

tinha algo diferente nesse lugar agora, algumas paredes tinham setas pintadas, eu não sabia mas oque fazer então as segui, no segundo corredor que entrei avia duas garravas com um pano dentro delas a um liquido dentro, corri pra pegar elas junto com o isqueiro que tinha do lado delas.

quando já estava com uma das garravas na mão a coisa me acerta mais uma vez quebrando a garrafa na minha mão e me arremansando longe, não tive nem tempo de raciocinar ele logo me pegou pelo pé e me atirou no chão com toda força, dei um grito de dor sentindo meus ossos se partirem e uma dor que pensei nunca ser possível sentir, mais lacrimas caíram dos meus olhos.

Lillian:AAAAAAH, FILHO DA PUTA, AAH QUE MERDA.

eu precisava fazer algo se não ia morrer ali....

tirei forças do além e engatinhei o mais rápido que pude ate a outra garrafa, pegando o isqueiro e pondo fogo no pano.

inesperadamente fui pega pelo pescoço e prensada na parede.

estava quase perdendo a consciência quando puxei um dos fios que compunham seu corpo.

Lillian: me solta sou merdinha!!

ele deu um grito quando arranquei o fio do seu corpo me soltando no chão, me arrastei ate a garrafa que já estava para explodir, a peguei e joguei com todo força que me restava na coisa.

a garrafa explodi-o junto a ele que corria e se debatia, mas não fiquei pra ver logo me escorrei na parede e sai andando seguindo as setas.

cheguei num corredor sem saída, final dele tinha três tubos que pareciam tobogãs, o de esquerda estava escrito happy em cima, o de direita tinha home escrito e o do meio tinha um monte de pontos de interrogação em volta.

me rasteei pela parede ate o tubo da direita quando estava na frente dele senti uma sensação estranha, medo só isso que eu senti, e tinha um cheiro estranho, cheiro de sangue...

logo fui para o de esquerda, a mesma sensação o mesmo cheiro, minha ultima opção era o do meio, então fui ate ele, não tinha cheiro, nem estava sentindo a sensação de medo, não tendo mais nada a fazer entrei dentro dele.....

eu escorregava e escorregava parecia não ter vim.

ate que senti um baque, abri os olhos e.....estava na floresta de novo.

não estava no mesmo lugar quando cai no buraco, muito menos perto do meu acampamento, a dor ainda era forte mas precisava sair dali.

caminhei por um tempo ate ouvi vozes, fui o mais rápido possível atrás delas, quando cheguei eram policias, eles me viram e pude ver as caras de surpresa deles antes de desmaiar.

............

acordei num hospital, não sentia mais dor como antes, logo um policial entra com um medico e minha mãe.

mãe: ai meu deus! querida meu amor, você esta bem?

Lillian: hum que, eu to, por estou aqui?

policial: não se lembra de nada?

Lillian: eu fui acampar na floresta, sai pra busca lenha e cai num buraco que parecia não ter fim.

medico: um buraco? você pode ter batido a cabeça por isso não se lembra, mas te examinamos e não tem nenhum trauma nessa parte, você chegou aqui com quatro costelas quebras, desnutrição e desidratação, foi um milagre ter sobrevivido.

policial: jovem você estava desparecida a cinco meses.

.........

bom depois de dar meu depoimento e receber alta voltei pra casa, acho que nunca mais vou acampar sozinha.....


Backrooms; Nível 0: "O Lobby" CurtaOnde histórias criam vida. Descubra agora