Isso foi um sonho?

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Pqp esqueci de postar aqui kkkkk
Mas vamos lá
Boa leitura❤


Queria saber por que ele estava aqui nesse prédio, quase nunca olhava para cá, e do nada estava no elevador subindo para algum andar. 

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Uma roupa melhor… um bom penteado… um gloss ou batom… por kami! Qualquer coisa serviria para mim se eu estivesse ao menos apresentável. Por que raios o universo adora conspirar contra mim? É pedir muito pra voltar no tempo ao menos uma vez? Uma única vez? 

Izana não parecia se importar com a minha presença, nem um pingo! Ali estava eu maltrapilha, ao lado de um homem incrivelmente sexy - responsável por alguns delírios meus, bem como do calor entre as minhas pernas - e dono do seu próprio mundo, como um executivo de primeira classe. Se eu não soubesse que é um chefe de gangue, cairia feito pato no conto do vigário, mas realmente esse detalhe não tinha grande relevância nos meus contos eróticos, esse homem é gostoso de qualquer jeito.

Ainda ali do lado dele rezei silenciosamente para chegar ao andar logo, estar num cubículo fechado com essa personificação de deus grego é uma tortura. Mordiscando a parte interna da bochecha, foquei em qualquer ponto, até no besourinho inocente na porta, tudo para não focar no gângster ao meu lado. Não ousaria falar com ele se ele não falasse comigo, também o que poderia dizer? ''O clima está frio hoje, né?'' Ele responderia um ''É'' seco ou me deixaria no vácuo, as opções de respostas eram bem desanimadoras, um ''Oi, tudo bem?'' ou um ''Boa noite'', me parecem ter resultados semelhantes.. Eu poderia falar sobre drogas, mas acabaria parecendo uma maconheira querendo comprar entorpecente, ele pode se sentir ofendido também, ameaçado talvez, podendo querer dar cabo de mim! 

Para minha sorte ou azar (ainda não sei classificar este momento), a porta abriu no momento em que abri a boca, saí de lá decepcionada comigo mesma por não ter dito nenhuma palavra outra vez. Vontade não faltou, contudo, antes de entrar no apartamento e antes da porta do elevador fechar, tive a coragem de olhar na direção do homem, para minha surpresa, Izana me observava com uma sombra indescritível no olhar, possivelmente achando graça da minha existência insignificante. Entrei com meu coração a mil, um segundo na troca de olhares, milhares de reações químicas no meu corpo e principalmente no cérebro foram desencadeadas igual uma bomba nuclear. Preciso de ar!

(...)

Embora eu desejasse muito trocar algumas palavras com o sr. Kurokawa, toda vez que o via me sentia incrivelmente desnorteada, como se envolta dele houvesse uma barreira impenetrável e celestial, o que eu sei ser apenas invenção da minha cabeça. Izana estava mais para algo diabólico do que celestial.

 Daquele último episódio em diante, não o vi devido meu tempo ter sido limitado, comecei a vida universitária na semana seguinte, custando minhas horas livres com sobrecarga de atividades. 

A boa notícia era que em breve meus conflitos com o clima terminariam, no entanto, antes de acabarem a última semana certamente seria a mais fria de todas, e em um dos piores dias de frio, lá estava eu na cozinha fazendo macarrão instantâneo de noite após um dia infernal de atividades e seminários. Minha tia havia ido dormir cedo por causa de sua artrose, devia estar sob efeito dos remédios ou somente cansada. Para minha sorte, a demônia da cadelinha dormia com ela, jogada sobre o sofá com uma tigela fumegante de um macarrão insosso com sabor artificial de galinha, no jornal só passava sobre a neve nas ruas e a incompetência da polícia em prender criminosos que tocavam o terror na cidade, embora pareça egoísmo meu, digo que esses problemas não me afetando estou perfeitamente bem no meu canto! Troquei as informações por um filme romântico, uma coisa que eu desconhecia fazia algumas semanas, vivendo à base de filmes sangrentos de ação, suspense e terror. 

Em dias frios  (Izana Kurokawa)Onde histórias criam vida. Descubra agora