Favorite Crime

Capítulo 1

24 de Julho de 2019

POV Teresa

Merda!! Estou mais uma vez atrasada pra escola e ainda é terça-feira, se eu correr mais um pouco perco o restante de ar em meus pulmões.
Viro a esquina correndo e logo consigo avistar o portão do colégio ainda aberto e ufaa ainda bem que cheguei.
Vou correndo pra aula de biologia e assim que entro na sala e me sento no meu habitual lugar o sinal toca e assim com ele trazendo os alunos para a primeira aula do dia.

Retiro meus materiais da mochila mas percebo que ainda não tem professor na sala e isso é estranho já que é o primeiro dia de aula do ano e já começou dessa forma mas fazer o que né é uma escola pública o que esperar dessa merda!!
Sinto alguém cutucar meu ombro me viro e vejo minha amiga Lucinda com seus lindos olhos castanhos cor de mel e cabelos cacheados.

Lucinda: oii Teresa,como foi suas férias?- encaro brevemente seu rosto e me lembro rapidamente das minhas férias que foram trabalhando com meu pai em sua loja.

Teresa: ah...foi...normal e entediante e a sua?

Lucinda: foi tão bom fui pra Inglaterra visitar meus primos e também acampamos.

Já ia responder ela mas o professor adentra a sala se desculpando pelo atraso por que estava no trânsito.
Professor Marcos sempre chega atrasado hahaha.
Mas é uma boa pessoa pelo menos é o que me aparenta.
E lá se vão duas horas de aula e eu totalmente entediada com as palavras do professor ultimamente estou assim,nada me cativa mais.
A não ser dormir-sorrio com meu próprio pensamento.

O sinal do intervalo toca e eu saio correndo pra cantina por que hoje a merenda é hambúrguer de boas vindas!!
Pego meu lanche e me sento bemmm lá no fundão com minha fome de companhia.
Vejo Lucinda se aproximar com sua bandeja e com uma cara de espanto.
Teresa: o que foi amiga?-ela se senta e me encara pasma.
Teresa: o que foi porra? Tá me deixando confusa.
Lucinda: você viu as novas alunas? São tão lindas e eu não chego nem aos pés delas-ela bufa e eu reviro meus olhos.
Teresa: pode parar com isso piranha você é linda sim e tem que se valorizar mais já te disse isso mil vezes.
Lucinda:eu sei mais não consigo me sentir bonita e desejada por nenhum cara.
Mudo de assunto perguntando por seu irmão do meio, o Ravi que estava na reabilitação se curando das drogas.
Lucinda: ele voltou no final de semana mas não sei não,meus pais não confiam mais nele como antes.
Teresa: sinto muito e já aproveitando o embalo do assunto ele ainda tá gostoso como antes ou ainda tá parecendo uma caveira?
Lucinda dá uma gargalhada alta chamando a atenção de  alguns alunos e eu reviro meus olhos pelo escândalo dela quando sorri.
Lucinda:eu vou contar pra ele tá.
Teresa:você não é nem doida Lucinda.
Lucinda: para eu sei que você quer ser minha cunhada ainda.
Teresa: não posso me casar com um traficante pobre,eu sou linda amiga.
Ela volta a sorrir mas agora é mais discreta.

Algumas horas depois...

Saio da escola com a minha bicicleta em direção ao mercadinho à 4 quadras daqui,é onde ficam meus amigos vagabundos que vendem drogas, mas fiquem tranquilos eu não uso só tenho amizade mesmo pois crescemos todos juntos ❤.
Chegando em meu destino guardo minha bicicleta no mesmo lugar de sempre e me direciono aos fundos do mercadinho.
Assim que entro me deparo com o Théo  sentado em cima de uma caixa e o Kai em  pé fumando maconha ou sei lá o quê.
Teresa: e ai seus fudidos.-eles sorriem pra mim vindo em minha direção me abraçar como sempre fazem.
Kai:tá sumida em Tê-ele insiste em me chamar assim e eu odeio esse apelido sério juro.
Théo: como você tá Teresa?
Teresa: indo,nem melhor nem pior apenas levando como posso.
Kai: como está os estudos?
Teresa:nem me fale estou desanimada mas preciso me formar se eu quiser sair dessa cidade pra uma faculdade renomada e ser uma médica excelente.
Théo: isso mesmo quero ver você de jaleco branco salvando vidas,e não igual à nós dois destruindo vidas.-começamos a rir da situação.
Fico conversando mais um pouco e escuto alguém entrar nos fundos do mercado também.
Continuo conversando com Kai e o Théo vai atender quem quer que seja.