O começo no fim_[Concluída]

💠050

Passado revelado.
3/3
Final!!!

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- quem é você? - Samira perguntou friamente.

Havia se passado vários meses desde a mudança no equilíbrio.

- sou Miguel e você? - o garoto sentado no chão perguntou sem encará-la .

- Samira... -respondeu sem emoção.

- Samira? Nome grande- ele fez um beicinho -vou te chamar apenas de Sami- o garoto sorriu mas logo sua barriga roncou.

- Sami... - sussurrou consigo mesma.

Era a primeira vez que ganhava um apelido que não significasse sangue ou destruição.

- você tem sorte de estar viva, mas é perigoso, parece ser alguém nova não deveria estar perambulando por aí.- ele sussurrou, ele parecia cansado, apesar de toda a sua animação anterior.

- "pareço? "- perguntou confusa mas lado notou o ferimento nos olhos deles- é cego?

- fiquei cego- corrigiu de bom humor.

- porque é tão animado sendo que está em uma situação tão deplorável? - Falou sem piedade.

- você é uma garotinha sem piedade né? - ele riu. - bem.... Se tudo tiver ruim ria, se tudo estiver bom ria. Uma boa risada e humor são capazes de deixar uma pessoa saudável. Não quero ser doente também-

- toma- entregou um pedaço de pão - coma.

- espero que não seja pedra, seria crueldade- sorriu mordendo o pão mas logo ficou desesperado terminado rapidamente com a comida- obrigado , eu estava com tanta fome.

- como ficou cego? - se sentou ao lado do garoto que parecia ter apenas 15 anos mas estava fisicamente desgastado.

Ela estava cansada também.

- por culpa daquela vampira maldita- grunhiu pela primeira vez mostrando um pouco de raiva por algo. - não sei como, mas ela fez algo como uma explosão de poder que atingiu minha casa matando minha mãe grávida, meu pai e meu irmãozinho que não tinha aprendido a andar ainda - socou o chão sem se importar se machucava ou não- se eu ao menos fosse forte, poderia ser capaz de matá-la. Perdi tudo naquela noite, minha família, minha casa e minha visão, faria qualquer coisa para extinguir aquele demônio da face da Terra..

- entendo- Sami pareceu tonta. Após o massacre que fez, ela não sabia no que acreditar. Bem ou Mal? Ela não ligava mais para isso, ela simplesmente estava vivendo. Ou talvez sobrevivendo fosse a palavra adequada.