Capítulo Um: Pessoas cidade dormem cedo.

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Naruto seguiu sugestão e tomou um banho demorado, a água morna que caia em seu corpo fazia seus músculos relaxarem, fazendo com que por um momento esquecesse que sua vida estava desmoronando.

Saiu do banheiro a caminho do seu antigo com uma toalha enrolada na cintura e outra nas mãos, essa usava para secar os fios com cuidado. Entrou no cômodo e ficou por um longo tempo escorado na porta, percebendo que nada tinha mudado, estava tudo no mesmo lugar.

A cama de solteiro coberta pelo tecido do lençol fino de cor laranja, o travesseiro grande de fronha amarela, escorado no objeto uma pelúcia de raposa, no pé da cama dois edredons de cor laranja e amarelo pastel, ao lado da cama, uma mesa de cabeceira que segurava um despertador velho e um vaso pequeno com um girassol.

As paredes do quarto estavam pintadas de azul claro, em um dos cantos um guarda roupa rústico de madeira escura, de frente, uma escrivaninha que era quase uma penteadeira, ao lado, uma cadeira de madeira que segurava uma televisão antiga.

O quarto também tinha uma varanda grande que dava uma pela visão do sítio, nela havia uma pequena mesa com duas cadeiras e uma rede branca.

Largou a toalha que tinha em mãos em cima da cama e caminhou lentamente até lá, usou os dedos para deslizar sobre o tecido grosso da rede, se deixando levar pelas memórias da infância.

Naruto conseguia ouvir risadas, risadas de crianças, sua mente projetou a memória de quando era criança acompanhado de um garotinho, correndo em volta da rede com um sorriso de orelha a orelha, se divertiam como se não houvesse amanhã.

Um nó se formou em sua garganta e sentiu um aperto no peito, fazia tanto tempo que não pisava ali, era impressionante como aquelas lembranças continuavam intactas.

— Naruto? — a voz de sua avó o despertou de seus pensamentos. — O jantar já está pronto, desça quando estiver pronto! — avisou.

— Certo, estou quase terminando de me vestir. — mentiu saindo de onde estava, fechou a porta de vidro que dava acesso ao lugar e foi até suas malas que estavam ao lado da porta.

Vestiu um pijama de seda azul marinho e colocou uma touca na cabeça, depois de quase tirar todas as roupas de dentro da mala achou suas pantufas, as colocou no pé e enfim desceu.

— Jurava que estava se arrumando para uma festa, demorou bastante. — Jiraiya comentou dando risada.

— Deixa de ser tonto! — a Senju acertou um tapa em seu braço e o mais velho reclamou de dor.

— Hora da refeição, sem brigas, além disso temos visita. — a mulher de cabelos pretos os repreendeu.

— Já estou acostumado Shizune. — o Uzumaki deu uma risadinha. — Bom, vamos comer? Estou faminto. — disse meloso fazendo biquinho.

— Coma o quanto quiser, se quiser mais alguma coisa e só me pedir. — a loira falava enquanto lhe entregava uma tigela.

Depois de se servirem, a cozinha foi tomada por silêncio terrível, incomodado, o grisalho tossiu de maneira falsa atraindo os olhares dos que estavam ali.

— Porque pintou o cabelo de preto? — perguntou tentando quebrar o gelo recebendo um olhar sério das mulheres sentadas à mesa.

— Um ato de desespero, precisava fugir dos paparazzi, se eu continuasse com o cabelo loiro eles iam me reconhecer com mais facilidade, eu provavelmente não chegaria aqui. — respondeu enquanto terminava seu segundo prato.

— Você está parecido com ele… — Tsunade deixou escapar, por mais que seu tom fosse baixo todos escutaram.

— Sei disso. — silêncio tomou conta mais uma vez, mas desta vez todos ficaram parados e de cabeça baixa, provavelmente tentando segurar o choro ou algo do tipo. — Só que tenho certeza que mais bonito. — brincou arrancando risadas dos mais velhos.

Estrela Que Não Brilha (SasuNaru)Onde histórias criam vida. Descubra agora