Blusa Azul

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-Eu não vou vestir isso!- Uma voz infantil ecoou pela sala enorme de um castelo.

-Mas príncipe Dostoievsky você precisa se arrumar para o evento!- Uma adulta com roupas de empregada respondeu o menino.

-Azul claro não combina comigo! Prefiro branco... Se essa blusa fosse branca eu até pensaria em usá-la!- Disse o menino apontando para uma blusa azul com mangas bufantes.

- M-mas majestade- A moça iria falar mas foi interrompida pela a porta enorme que abriu. -M-majestade...- Se curvou para um referência, o rei havia entrado na sala.

-Pai- Ai!- O rei assim que viu seu filho, lhe deu um tapa em seu rosto, deixando uma marca bem vermelha em sua buchecha. - O-o que eu fiz?!

-Trate de se arrumar logo, caso o contrário, depois da festa sua punição estará garantida!- Disse o rei apontando um dedo para seu filho, que estava com a mão no lugar que recebeu o tapa.

" Mais... Eu não quero ir..." pensou o menino.

Dostoievsky se trocou rapidamente para não levar outro tapa ou coisa pior. Pôs a blusa azul com um colete por cima e uma calça preta. Se olhou no espelho e viu a marca vermelha em sua bochecha, pegou um pouco de maquiagem escondido e passou por cima para tentar esconder o borrão vermelho. Fyodor escutou uma porta se abrir atrás dele, era a sua mãe, que ao contrário de seu pai era uma pessoa doce e agradável.

-O que está fazendo? O meu deus, seu pai te bateu de novo?! Vem aqui filho... Eu vou cobrir pra você.- A mãe de Fyodor era uma moça muito não muito respeitada pelo reino, por ser muito doce, algumas pessoas aproveitam de sua bondade. Dostoievsky jurou que quando virar o próximo rei, irá proteger a sua mãe com todo o carinho.

Fyodor se juntou a sua mãe que logo começou a passar um pouco de base pelo seu rosto.

-Novinho em folha! Agora vamos lá para baixo e receber os convidados com o seu pai, ok?
-Ok...

Mãe de Fyodor deu um beijinho na sua bochecha e logo saiu do quarto, Dostoievsky foi atrás morrendo de medo de seu pai.

No lado de fora do castelo havia os aldeões, eles apenas viviam cercados pela nobreza do castelo. Havia os ladrões, os padeiros, os sapateiros, os agricultores, as famílias, as crianças e os pobres.

- Aaah! eu adoraria ver a família real de perto... As meninas dizem que o príncipe Dostoievsky é muito lindo!- Um menino albino começou a dizer e a jogar coisas em um laguinho longe do reino.- O que você acha em?... Sigma? Aloou, ta me escutando!

-A-ah.. Sim sim ele deve ser muito bonito mesmo... - Um outro menino, dessa vez bicolor, começou a dizer.

-O que houve? Está tudo bem?

-S-sim está tudo ótimo...

- Sigma, conta agora o que aconteceu!- O albino olhou profundamente para o bicolor que permaneceu calado até o próximo minuto.

-Nik não precisa se preocupar! Eu estou bem agora, olha eu estou até sorrindo- Sigma deu um sorriso de orelha a orelha e deu uma risada forçada.

-Uhm... Eu vou descobrir o porquê de você estar assim!- Disse o albino determinado para encontrar o motivo de seu melhor amigo estar para baixo.


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