Quebrada

Capítulo 4

-Então você sempre soube minha idade de verdade. – falei incrédula e neguei – Você só fingiu esse tempo todo, não foi? Você me seguiu até a Rússia.

-Não! – ele negou novamente – Quero dizer... Sobre sua idade sim e sabia que algo estava errado na sua história, mas nunca me importei, além de você ser você! E nos encontrarmos na Rússia foi completamente coincidência! Eu nunca mais usei o feitiço de localização com você até...

Ele travou e eu respirei profundamente, tentando clarear minha mente, mas era muito confuso.

-Até o que Dimitri? – perguntei.

-Um dia na faculdade eu estava só cheio de problemas e queria te sentir... Às vezes eu fazia isso, mas dessa vez, para minha surpresa pude notar que você não estava tão distante. Fiz um feitiço de localização básico, já que eu já sabia mais sobre você, e quando descobri onde você estava... Não consegui aguentar. Procurei uma forma de ir para aquela escola e acabei sendo voluntário para cuidar da biblioteca de lá. Eu precisava te ver.

-Dimitri, só me responda mais uma coisa... O feitiço de atração que você usou... Isso significa que só gosto de você por causa dele? – perguntei e Darlan bufou.

Assim que falei, percebi ser impossível. O que eu sentia por ele não podia ser apenas devido a um feitiço.

-Tão humana. Não acredito que seja minha destinada. – encarei Darlan que bufou e senti meu coração doer – Esse feitiço de atração que ele falou é de atrair ou encontrar algo, já que feitiço de localização no mínimo teria que ter algo da pessoa ou conhecer ela pessoalmente.

-A educação passa longe em Darlan. – falei grossa, mas minha voz tremula e ele cruzou os braços.

-Eu não te chamei de burra como pensei, tudo bem? – ele falou e lágrimas de vergonha e tristeza nasceram em mim – Não fique triste... Eu já sangrei muito por que me importava com você e você precisava ficar forte.

-Como? – perguntei incrédula.

-Quando...

-Darlan. – Dimitri o cortou e eu franzi a testa, mas consegui controlar minhas lágrimas.

-Darlan, fale. – encarei Darlan e ele suspirou.

-As vitaminas que eu te dava tudo era potencializado com meu sangue. – ele respondeu e eu neguei sem acreditar.

-Preciso ficar sozinha. – pedi – Preciso de um tempo para mim, por favor.

-Mas... – Gael negou e eu olhei cansada para ele.

-Quero dormir. Por favor.

Quando pedi de novo, apesar de hesitarem, eles saíram. Tão confusa e nervosa como estava, preferi bloquear o Dimitri, para ele não sentir minhas emoções, mas na hora ele se vira e me encara incrédulo.

-Não. Não faça isso. – ele falou com medo no olhar e eu hesitei, mas acabei me conectando com ele novamente.

Nem eu gostei da sensação de não sentir ele. Nossa conexão me dava uma estabilidade que com toda essa informação era a única coisa que mantinha sã o suficiente.

-Vocês realmente se conectaram de novo? – encarei Gael e assenti.

-Não consegui me conectar com vocês, apesar disso. – falei e então olhei para o Dalan que estava na porta da sala – Muito menos com você.

-Burra. – ele soltou e se aproximou, na hora parecendo incomodado – Desculpe. Sei que apenas precisa estudar mais e que você é relativamente nova de tudo isso.

Novamente lágrimas ameaçaram cair, nada do que ele falava me deixava melhor.

-O que você vai fazer?

Dimitri se colocou entre a gente, ainda super protetor comigo. Darlan o encarou, parecendo irritado, o tempo pareceu uma eternidade, mas ele logo soltou um suspiro resignado.

-Eu vou me conectar com ela. Eu nunca machucaria minha destinada Dimitri, independente do meu estado físico ou emocional. – ele falou e Dimitri bufou.

-Cada vez que você abre sua boca você está a machucando Darlan. – Dimitri negou e Darlan respirou fundo.

-Não foi minha intenção. – ele fez uma careta – Eu realmente só vou me ligar com ela.

Olhei entre os dois e se ele realmente conseguisse fazer isso, não me importava, pois eu queria poder sentir novamente nossa conexão.

-Dimitri... Está tudo bem. – me forcei a dizer e o Dimitri me encarou nervoso, mas saiu do caminho e eu olhei para o Darlan – O que eu tenho que fazer? 

-Apenas se agarre na minha energia. – ele falou se aproximando de mim.

Ele parou do meu lado, tocando meu rosto, sua mão quente e confortável, mesmo seu rosto parecendo morto. Respirei seu cheiro, encontrando um pouco de conforto e me aproximei, segurando sua mão contra meu rosto e levantando o olhar para o seu.

Senti a energia dele me atingindo com força, parecendo uma agressão física contra meu corpo, mas eu fiz o que ele disse e joguei minha energia na dele. Eu fiquei completamente exposta para ele, enquanto sua energia invadia meu corpo, agora de uma forma obscena, me enchendo.

Seus olhos me encaravam curiosos e eu joguei minha energia nele, imitando seu comportamento. Sua energia começou acariciando minhas pernas, como se estivesse nua diante ele, subindo lentamente. Podia sentir minha respiração ficar mais rápida, mas não desviei meu olhar do dele.

Sua energia tocou entre minhas pernas e eu ofeguei surpresa quando o senti entrar dentro de mim, acariciando meu clitóris. Mordi meu lábio segurando meu gemido, enquanto ele continuava me invadindo sem minha permissão e me tocando como bem quisesse.

Contorci-me na cama, tentando parar o prazer que crescia, mas parecia impossível. Podia sentir sua energia subindo pelo meu corpo, nunca deixando de me tocar entre as pernas, até chegar nos meus seios e começar a abusar deles e dos meus mamilos.

O toque era invisível, suave, mas ainda constante e firme. Podia sentir a energia dele subindo, apertando suavemente meu pescoço.

-Darlan... – gemi e olhei desesperada para ele, enquanto aumentava meu desejo.

Inferno se isso estava certo, mas estava tão bom.

-Me toque também... Igual estou fazendo contigo. – ele disse e eu assenti, tentando me focar e comecei a acariciar seu corpo com minha energia, circulando seu corpo completamente com ela.

Lambi os lábios, me focando no seu grosso e comprido pau, querendo ele dentro de mim e então olhei na sua boca e deixei minha energia invadir sua boca, desejando poder o beijar. Sem aguentar, puxei ele com minha energia e agarrei sua blusa com minhas mãos, o beijando e sentindo seu sabor que tanto me fez falta.

Consegui finalmente começar a sentir nossas energias se ligarem, ao mesmo tempo, em que estava no pico de gozar... Até que ele me soltou e parou completamente e se afastou rapidamente.

-Estamos ligados. – ele disse, seus olhos sem emoção e se afastou rapidamente, indo para o corredor.

Ofeguei incrédula, furiosa.

Primeiro me toca como quer e depois vai embora sem me deixar gozar?! Filho da...

-O que houve? – olhei para Gael na porta e grui.

-Só saiam! – pedi agora frustrada.