Roxanne - III

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Roxanne acordou inspirada no dia vinte e sete de dezembro, ela havia sonhado que os times de quadribol tinham uma jaqueta especial, e em seu pós café da manhã, ela desenhava cada jaqueta pensando em mostrar para Dominique na festa de aniversário de Lily que aconteceria naquela noite, afinal Dominique entendia de moda, e se alguém poderia produzir aqueles casacos, era Dominique.

Roxanne apenas parou de desenhar quando sua mãe bateu em sua porta.

— Oi. – Roxanne disse abrindo a porta
— Posso entrar?
— Claro.

Roxanne deu espaço para mãe, e então fechou a porta, Angelina se sentou na cama de Roxanne, enquanto Roxanne virou a cadeira de sua escrivaninha para poder olhar para a mãe enquanto as duas conversavam.

— Aconteceu alguma coisa? – Roxanne perguntou
— Oh não querida, só queria passar um tempo com você.

Roxanne sorriu, mas desconfiada, quando Angelina queria passar tempo com seus filhos, o que era frequente, ela os chamava para sala, para ver um filme ou jogar um jogo, ou para o quintal para que pudessem jogar um pouco de quadribol, afinal a casa dos Johnson-Weasley, tinha uma vasto quintal rodeado de árvores para que não fosse visto ao olhar dos trouxas, um carro voador voando, ou pessoas voando em vassouras.

Mas quando Angelina ia para o quarto dos filhos falar com eles, é porque havia alguma coisa por trás, seja um momento de conselhos, um momento de bronca, ou apenas ela pedindo um favor.

— Então o que está fazendo? – Angelina questionou a filha

Roxanne pegou seu caderno na escrivaninha e passou para sua mãe.

— Eu sonhei com esses casacos, e que os membros dos times de quadribol tinham. Então resolvi desenhar para poder mostrar para Dominique depois, já que ela entende de moda. São só protótipos, então não tá muito bonito, e bem eu ainda só fiz o da Gryffindor, mas estou começando o da Slytherin.
— Filha isso está incrível, queria eu ter essa ideia. – ela sorriu – Com certeza sua prima vai te ajudar a tornar esse projeto real.
— Seria legal poder sair com os casacos para toda Hogwarts poder ver. – ela sorriu criativa – Eu poderia até trocar com o Lorcan de vez em quando.
— Falando no Lorcan querida...

Bingo. Roxanne sabia que sua mãe estava lá por um motivo.

— O que tem ele?
— Como anda o relacionamento de vocês? Vocês estão juntos desde os oito anos e...
— Eu sei que todos esperavam que fosse só um namorico de criança, mas veja, daqui onze dias eu faço catorze anos, e eu não tenho vontade alguma de terminar com o Lorcan.
— Filha vocês são um casal muito bonito, não quero que terminem, mas por você estar prestes a fazer catorze anos que eu acho que devemos ter aquela conversa.

Roxanne gelou, ela ainda tinha treze anos, não estava pronta para ter esse tipo de conversa com a sua mãe.

Mas a verdade é que Roxanne nunca sentiu esse tipo de atração, não que ela fosse das mais românticas, mas até mesmo por Lorcan tudo que ela sentia era amor, não desejo. Claro que seus amigos, exemplificando Lysander seu cunhado, demonstrava sinais de desejos desse tipo, mas Roxanne nunca sentiu isso, sua atração por Lorcan é puramente romântica, e ela tinha certeza que se não tivesse ele em sua vida, teria a mesma atração por outro garoto.

Roxanne se achava muito nova para pensar nessas coisas e tinha que deixar isso bem claro para mãe, ela ainda estava no terceiro ano, se um dia ela e Lorcan forem fazer alguma coisa, será após os dezesseis, e depois do sexto ano iniciado.

— Mãe eu ainda tenho treze anos, Lorcan e eu não vamos fazer nada. Eu não quero fazer nada.

Angelina deu um suspiro.

— Não quero que faça filha, quero que espere ser mais velha, mas acho importante você saber os riscos que vai correr quando fazer.
— Mãe eu não sou o Fred! Eu não vou sair ficando com todo mundo. Eu tenho um namorado que me respeita, e que não vai fazer nada comigo se eu não quiser. Lorcan e eu somos responsáveis mãe, ao menos nesse sentido, mas não vai rolar nada por um bom tempo, e quando rolar nós vamos nos cuidar. E eu não quero mais ter essa conversa.

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