Hugo - II

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O silêncio reinava no jantar dos Granger-Weasley.

— Rose por que não conta um pouco de seu desempenho em Hogwarts? Está tendo dificuldade com alguma matéria? – Hermione tentou puxar assunto

Claro que o assunto tinha que ser com Rose, Hugo odiava e amava o fato de todos os assuntos da família serem depositados em Rose, ele amava pois não teria que contar de sua vida aos pais, o que era bom, sabia que seus pais poderiam começar a vê-lo como uma decepção, e Hugo não queria isso, era um de seus maiores medos, mas ao mesmo tempo detestava que tudo fosse sobre Rose.

— Claro que não estou tendo dificuldades, mãe. – Rose parecia medir suas palavras – Sou eu, acha mesmo que eu seria uma aluna ruim?
— Agradeço por você ter puxado a inteligência de sua mãe! – Ron disse

Claro que Rose era a inteligente perfeita, afinal não importava o fato das notas de Hugo serem boas, Rose já tinha tirado notas boas na frente.

Rose apenas sorriu com o comentário do pai.

— E aproveite a sua inteligência, nada de namorados, Rose. – Ron disse
— Pare com isso Ron! Depois dos quinze está liberado filha. Scorpius é um bom garoto não se esqueça...
— Irônico eu dizer isso mas adoro o menino Malfoy, quando você tiver vinte e cinco e quiser namorar pode ser com ele.

Hugo sabia que quando chegasse a hora dele namorar não seria tão fácil assim, muito pelo contrário, ele tinha certeza absoluta que não teria o apoio dos pais.

— O Scor é ótimo mesmo. – Rose disse sem jeito – Mas por enquanto somos apenas amigos.
— Acho bom esse por enquanto durar muito querida! – Ron disse
— Eu não, não vejo a hora de Rose ir a encontros, vai ser uma graça! – Hermione revelou

Hugo nem tinha mais fome para comer então se levantou jogou a comida que restava em seu prato no lixo e foi lavar sua própria louça.

— Terminou de comer, Hugo querido? – Hermione perguntou, finalmente uma palavra direcionada a ele está noite
— Sim mãe, vou lavar minha louça e vou subir ok?
— Certo, durma bem querido.
— Qualquer coisa nos chame filho. – Ron disse

E assim Hugo terminou de lavar a louça e foi para o seu quarto, trancou a porta e deitou em sua cama, ele sentiu suas lágrimas caírem assim que deitou. Por que ele não podia ser como Rose? Por que não podia ser perfeito? Por que não podia ser amado? Por que ele tinha que nascer naquele jeito? Por que ele tinha que sentir as coisas que sentia? Por quê? Hugo se sentia uma aberração, uma aberração que nunca deveria nem ter nascido.

Então pela primeira vez, naquela noite, com lágrimas nos olhos, Hugo Granger Weasley pegou a coisa mais afiada que achou em seu quarto e se cortou. Chorando Hugo prensava seus braços com sangue, ele estava perdido, perdido.

Next Generation HP by JKC - Volume 1Onde histórias criam vida. Descubra agora