Epílogo

43 9 32
                                    

— Jimin, você viu minha escova de cabelo??

Jungkook gritou do fim do corredor.

— Não?? Ela não tá no lugar de sempre?

Jimin respondeu de dentro da cozinha, de onde acabava de tirar uma fornada fresca de cookies de alecrim — sim, ele sabia que era uma combinação estranha.

— Não está! — Jungkook apareceu na cozinha totalmente desolado.

— Meu amor, se acalma. São só seus amigos, não precisa de tanto.

— Urgh, não são meus amigos, É o Jin e o Namjoon Hyung. Eles já não me veem faz mais de dois meses, e se eles acharem que eu virei algum tipo de selvagem? Que eu não sou mais legal igual o pessoal de Seul? — ele desmontou sobre a banqueta em frente à ilha.

— Pra mim você vai sempre ser o mais legal de todos. — Jimin depositou um beijinho no meio da testa. — Se eles te conhecem tão bem quanto eu, é óbvio que não é o cabelo que vai fazer eles te acharem selvagem... Você já é bem selvagem de outras formas.

Jungkook olhou incrédulo.

— Você... inacreditável, Park Jimin.

— Não menti. Além disso, se você é selvagem, o que isso faz de mim exatamente? Um gato selvagem?

Jimin tinha acabado de fazer uma pilha alta com os biscoitos. Jungkook não queria admitir, mas o cheiro era ótimo.

— Sim, o meu gatinho selvagem. — Jungkook disse com voz açucarada. — Ah, você tem razão, eu estou exagerando...

— Eu sempre tenho razão. Agora você pode fazer o favor de terminar de se arrumar e colocar a mesa para o jantar? Não quero parecer mal educado na primeira vez que visitam nossa casa.

— Alá, quem fala? Agora você se importa? — Jimin deu de ombros.

Fazia pouco mais de um mês desde que Jungkook decidira mudar para a casa de Jimin. Claro, ele ainda passava algumas vezes em sua própria casa, mas era simplesmente muito mais conveniente ficar na casa do bruxo. As aulas de língua feérica sempre acabavam se estendendo, e Jungkook gostava que Jimin lesse seus textos antes de prepará-los para envio. A coruja de Jimin se recusava a fazer entregas em qualquer dia que não fosse às segundas-feiras, e ele não podia se dar ao luxo de perder uma entrega.

Até o momento, a rainha Vereena tinha se mostrado satisfeita com tudo que Jungkook lhe enviara. No começo, quando não sabia absolutamente nada de língua feérica, ele começou com poemas e Odes em sua homenagem, coisas simples mas eficazes. Mas agora que ele já tinha aprendido o básico, a rainha queria que ele começasse a traduzir livros humanos para ela — aparentemente, ela havia se tornado muito interessada em literatura após um bate-papo com Jimin.

Além da burocracia, Jungkook também dividia sua atenção em escrever seu próprio romance: um livro de fantasia baseado na floresta e, bem, ele não podia dizer que não tirava bom proveito da companhia do bruxo.

**

Jin e Namjoon chegaram em torno das 19h.

Eles pareciam tão impressionados quanto Jungkook estava da primeira vez que esteve ali. Foi complicado convencê-los a entrar na floresta, mas Jimin tinha dado um jeitinho para que o caminho fosse iluminado — e eles obviamente não entenderam nada.

— Meu deus, quanto tempo!

Jungkook praticamente se jogou nos braços de Namjoon. Jimin, um pouco mais tímido, cumprimentou Jin com um abraço rápido.

— Gente, esse é o Jimin, o cara de quem venho falando.

— É um prazer finalmente conhecê-los, Jungkook fala muito de vocês.

Into the Woods| jjk+ pjm Onde histórias criam vida. Descubra agora