Capítulo um

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      Recebo um soco na cara que me fez ficar um pouco tonta e cambalear para trás.

-Eu posso te denunciar por agressão contra os animais, sabia?- Digo ao meu irmão enquanto limpo o sangue no canto de minha boca..

-Desculpa irmãzinha, não queria te acertar mas você veio para frente bem na hora.- Klaus, diz rindo e vindo em minha direção. Seus cabelos castanhos claros estão bagunçados e seu nariz sangra um pouco por conta de nossa luta, mas em questões de segundos seus  ferimentos já estão completamente curados. Cura, esse é o dom dele.

Ele passa suas mãos em meus cabelos vermelhos que refletem a luz do sol e logo sinto um formigamento e percebo que o mais velho me curou. Depois daquele soco o mínimo que ele fez foi me curar, deveria me pagar uma comida

-Vamos logo.- Digo passando passando por ele, dou uma cotovelada nas costelas do mais alto que geme de dor e xinga baixinho, logo o mesmo vem atrás de mim me acompanhando enquanto saímos da floresta com arvores altas em direção à nossa casa.

Entramos na casa de madeira simples e aconchegante, fui abraçada pelo o cheiro maravilhoso da comida de nossa mãe, ela está lidando na cozinha junto ao meu pai que mais atrapalha do que ajuda. Com a cena, eu e meu irmão caímos na gargalhada.

Nossas risadas chamaram a atenção dos dois mais velhos que viram na hora, fazendo minha mãe parar de brigar com meu pai que estava atrapalhando e irritando a mesma. Os dois abrem um grande sorriso ao nos verem.

-Sua mãe estava brigando comigo.- Meu pai disse fazendo carinha de choro e minha mãe revira os olhos e dá um tapa leve na cabeça de meu pai, fazendo seu cabelos castanhos e levemente grisalhos bagunçarem.- Viram só? Ela me maltrata.

Eles parecem duas criancinhas brigando.

Reviramos os olhos e rimos do drama de meu pai que agora faz cara de ofendido.

-Você vem na cozinha só para me atrapalhar.- Nossa mãe diz bufando e prendendo seus cabelos vermelhos e cumpridos que já estão com uns fios grisalhos por conta da idade um pouco avançada.- Vocês dois vão se lavar que a comida esta quase pronta.

Eu e meu irmão respondemos juntos um "Sim senhora" de modo serio e fazemos o movimento de continência militar e saímos da cozinha rindo e fomos em direção ao corredor que se encontra o banheiro e os quartos.

Klaus me encara e eu ergo a cabeça para encarara-lo também. Temos um problema, só tem um banheiro. Antes que ele tivesse tempo de correr eu corro antes em direção ao banheiro, ele tenta me puxar e eu tento me soltar, me agarro na porta do banheiro e meu irmãos mais alto e forte do que eu me puxa com força e eu meto um chute na cara dele que deu um passo para trás e entro rapidamente no banheiro. Consigo escutar ele me xingando e dando um soco na porta, rio me olhando no espelho.

Eu sou muito foda.

Tiro minhas roupas e me banho usando meu dom para deixar a água um pouco mais quente, relaxo sentindo a água quente passar por todo o meu corpo. Estremeço quando passo a mão na cicatriz de garras em meu braço feito por um urso quando eu era mais nova, minha sorte foi que um menino de olhos azuis usando um arco e flecha apareceu bem na hora. Graças a ele eu estou viva ainda.

Seus olhos azuis era tão belo quanto o próprio oceano e até mesmo o céu no seu dia mais ensolarado.

   Daqui uma semana será o teste para saber quem tem capacidade de ser os guardiões do futuro rei, Zayn que atualmente é general do exercito do reino de Aster.                                                                   Será um teste de  três fases onde qualquer pessoa, com dom ou sem, podem participar. Apenas cinco dos participantes entrará entrará na guarda e como eu não sou burra nem nada eu me inscrevi nesse teste pois me encaixo em todos em todos os requisitos que um deles é saber lutar e usar armas, mas o motivo que me fez querer participar foi por conta da quantidade de dinheiro que irei ganhar.  Com esse dinheiro minha família viverá muito bem e teremos condições  de pagar o tratamento de meu pai que está doente, não que sejamos pobres, nós não passamos fome ou necessidade mas não temos dinheiro o suficiente para o tratamento de meu pai, que é extremamente caro.

Nosso reino, o reino Asta, é muito bom, é difícil você ver alguma família em estado de pobreza, o povo é feliz e super unido. O nosso único problema é a guerra, diversos pais perderam seus filhos para a guerra, mas nosso povo é cheio de esperança e acreditamos que as mortes não foram em vão, eles morreram protegendo seu povo, protegendo quem amam.

Já o reino inimigo é ao contrário, seu povo é pobre e miserável, apenas os nobres têm dinheiro. A nobreza do reino de Lux é extremamente gananciosa, matam a sangue frio e escravizam pessoas sem dons. Entramos em guerra para salvar o povo inocente que vivem nas garras de pessoas tão cruéis e sanguinárias para e acabar com a escravidão que ocorre lá.

  Termino meu banho deixando para trás meus pensamentos, pego uma toalha que tinha em uma gaveta do banheiro e me enrolo nela, vou em direção ao meu quarto que consiste apenas em uma cama de solteiro, um armário onde fica minhas roupas e uma estante com espelho bem simples.

Visto uma bermuda e uma blusa comprida qualquer, escovo os meus cabelos vermelhos compridos que estão molhados por conta do banho. Meu cabelo tem essa coloração por conta do meu dom que é o controle de fogo, como o de minha mãe, mas ela não conseguiu despertá-lo.

Todos têm dons, mas alguns não conseguem usá-los e o dom fica praticamente adormecido dentro da pessoa.

Saio de meu quarto e vou em direção a cozinha ao lado de uma sala onde tem um sofá e uma TV pequena em cima de uma estante.

Comemos logo quando Klaus saiu do banho, jogamos conversa fora  e rimos durante a janta, até escutarmos uma batida na porta e logo fui atender.

Um homem alto e vestido com roupas oficiais do reino está em minha frente todo molhado por conta da chuva.

-A família real mandou essa carta para a senhorita Lana Monroe.- o homem alto fala com sua voz grossa e me entrega a carta.

-Sou eu mesma.- digo com a carta já em mãos, o homem faz uma breve reverência e sai, fecho a porta quando o vejo se distanciando e entrando em um carro preto com um brasão da família Cullen, a família real.

Abro a carta e leio o que está escrito na mesma e solto um "eita porra" sem querer.


Eu fui aceita.

                                                                                                                                             


Os Guardiões do ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora