🍺Prólogo🍺

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Já ouviu falar sobre aquele ditado?


"Há males que vem para... foder com tudo mesmo."


Me lembro como se fosse ontem, um dos motivos para estar mencionando esse ditado. Quando meu pai estava em seu leito de morte, nos últimos dias restantes de sua vida, me chamando com seu braço esticado, fazendo o máximo de força possível, que ainda lhe restava.

Eu tinha 17 anos na época, minha cabeça estava uma bagunça, tentava não pensar muito em sua doença, pois assim aproveitaria com ele os últimos dias sem ficar chorando em sua frente e ao mesmo tempo tentava assimilar a descoberta da minha sexualidade.

- Jimin... m-meu filho! Venha
aqui. - fez sinal com muita dificuldade, para que me sentasse ao seu lado na cama.

Afim de aproveitar todo o tempo que me restava com ele, preferi me aconchegar em seu peito e fiquei a espera do que ele falaria.

- Não esqueça... que eu te amo muito meu filho! Onde quer que eu esteja... vou sempre cuidar de você. Em breve.. estará completando a maioridade, quero que me prometa que vai viver a sua vida como se seus dias fossem os últimos. Faça o que tem vontade e não ligue para o que os outros pensam, seja você mesmo. Sei que você queria seguir cuidando da nossa fazenda, mas por causa minha terá que vender tudo e mudar seus planos. Mas use isso como uma oportunidade para rever o seu futuro, se tiver que mudar não tenha medo. - disse tudo com muita dificuldade.

Senti como se fosse uma despedida e não consegui evitar em silêncio que as lagrimas rolassem descontroladamente pelo meu rosto.

- Eu prometo pai. - respondi com a voz baixa em meio aos soluços.

Ele estava completamente debilitado, magro, pouco cabelo e com todos os ossos do corpo quase a mostra. Nem parecia mais aquele americano carrancudo, bonitão e em forma, mas com um coração mole que foi capaz de ir até a Coreia do Sul para encontrar o amor da sua vida.

Alguns dias depois, meu pai faleceu deixando uma imensa saudade.

Nunca fui muito próximo da minha mãe como era do meu pai, tínhamos uma relação de mãe e filho, claro, mas eu nunca consegui conversar muito com ela como conversava com ele, me abrir ou pedir conselhos era ainda pior.
Não havia motivo algum, por exemplo, para que eu quisesse contar sobre minha sexualidade. Entretanto, era minha mãe e eu 'achava' que tinha a obrigação de contar pelo menos a ela.

Foi um dia bem complicado, aproveitei que estávamos os dois em casa e falei.

Ela estava na sala vendo televisão. Me aproximei do sofá, logo sentando ao seu lado.

Amizade Colorida - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora