Prólogo.

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Steve Harrington era um mestre em ter azar no amor

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Steve Harrington era um mestre em ter azar no amor.

Desde pequeno, o menino sempre foi um prodígio; mas em contrapartida, suas relações amorosas nunca duravam uma semana. Talvez porque, dês de sempre, fora um garoto mimado pelos pais — ou seja, não conseguia aceitar um “não”. Isso resultava em suas namoradas chorando e jogando seus anéis em sua cara. Não que o incomodasse, já que em menos de uma semana já encontrava outra, mas os anéis não eram baratos.

Mas de qualquer forma, todos viam aquilo como problema de relacionamento típicos de Alfas Lúpus. Já Steve? Steve via aquilo como uma beldade chamada Eddie Munson.

Que por sinal era Alfa.

O filho mais velho de Teddy Munson era um menino birrento, sempre arranjando brigas com Alfas três vezes maiores que si. Steve, apesar de ter sido uma criança mais observadora do que falante — completamente diferente de Eddie —, sempre tivera que intervir quando o assunto era briga, afinal, mesmo que a audácia de Eddie fosse a maior da cidade toda, ele não tinha muita força. O menino — que mal continha cabelos — era pequeno, todo franzino e fofinho. Eddie era uma criança surpreendente miúda aos dez anos de idade, e mesmo que Steve fosse apenas um ano mais velho, Eddie batia dois palmos abaixo de seus ombros.

Steve — não tão — secretamente, amava aquilo.

Mas Eddie o odiava por conta do fato. Seu pai sempre deu mais atenção a Harrington do que para o próprio filho, e o amava tanto que Eddie desconfiava que o adorava mais do que ele próprio. Esse era um dos motivos para qual Edward odiava Steve.

Além dele ser mais alto, mais corajoso, mais popular e mais bonito, ainda era muito gentil. Mesmo com Eddie pisando em seu pé propositalmente, ou o beliscando aqui e ali. Steve sempre o chamava para tomar um chá ou comer um lanche em sua maldita enorme casa. E aquilo era uma merda, porque na concepção de Eddie, ele não deveria temer a ninguém. E ele temia Steve.

A família inteira de Munson era feita de Alfas, sua mãe — que havia partido quando lhe deu a luz — fora, aos olhos de toda sua família, uma Beta muito forte. E Eddie sempre foi um menino que quisera dar orgulho ao seu velho pai — que não o dava a mínima, mas ao menos seu tio costumava elogia-lo com carinho genuíno — mas esquecia que não podia por sua estatura física. Por isso o rei-Steve o defendia, afinal, ele era só um “menininho indefeso”.

Se perguntassem a Steve, ele não saberia responder quais foram os motivos pelo qual caiu de amores pelo alfa metaleiro; talvez sua personalidade… forte, por assim dizer; ou talvez sua aparência delicada e — na visão de puros esteriótipos: não digna de um Alfa. Steve não sabia, e provavelmente nunca saberia. Mas admitia que dês de seus seis anos — a idade com qual aprendeu a observa-lo melhor — sentia certo apreço pelo menino travesso, que não parava por um segundo.

Seus pais sempre foram amigos, mesmo que a família Harrington fosse terrivelmente rica e a Munson extremamente pobre, ainda eram amigos — e sempre que seus pais podiam, estavam os ajudando financeiramente. Steve via como Eddie ficava abalado e provavelmente seu orgulho de Alfinha era ferido.

Steve o ouvia bradar: “Um dia serei rico e não precisarei de sua ajuda!

E ele sempre desejava que aquilo acontecesse rápido, porque senão Eddie continuaria com aquele bico triste para lá e para cá. E o pequeno Alfa Lúpus não queria aquilo, não!

Teve uma vez, no colégio, que Eddie era o único sem lanche ou dinheiro para comprar. Steve entregou-lhe duas notas de cinquenta, o que resultou em um Edward enfurecido e irritado, gritando com ele sobre o quão esnobe e mesquinho ele era. Steve jurou ver lágrimas nos olhos de bambi do cacheado.

E Steve se lembrará do dia em que admitirá estar apaixonado; quando viu Eddie beijando uma Ômega, no seu aniversário de quinze anos de idade, atrás do colégio de Hawkins. Steve nunca se sentiu tão mal quanto aquele dia; como se seu coração estivesse mesmo sendo partido. O mais velho, então, voltou para a mansão Harrington arrasado.

Robin — Uma Alfa bem humorada que praticamente vivia no mundo da lua e sua melhor amiga — vivia frisando o quanto odiava Edward. Bom, pelo menos até seus doze anos, quando começou a falar com o menino. Mas, quando mais nova, em sua concepção, Eddie era um menino que sequer havia sido classificado como Alfa e já enfrentava tudo e todos, como a porcaria do rei do mundo — palavras da Buckley. Aquilo, entretanto, era o que mais atraia no pequeno Eddie.

Mas isso mudou quando se tornaram mais velhos.

Steve sequer falava com Eddie, e mesmo que o cacheado tivesse mudado — para melhor — Harrington não conversava com ele. Se tornou capitão do time de basquete e se descobriu um Alfa Lúpus — o que ocasionalmente se tornou uma grande festa — e muitas e muitos Ômegas queriam se deitar ou passar o calor com ele. Steve não podia dizer que odiava sua vida, mas também não estava 100% feliz.

Afinal, sua alma gêmea era um Alfa Lúpus também, e eles nunca ficariam juntos.


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— Vamos, Eddie! — Leonard gritou, batendo outra vez na porta do quarto de seu irmão mais velho — estamos atrasados!

Eddie abriu a porta do quarto, revelando já estar trocado. Leonard revirou os olhos, descendo as escadas da casa rapidamente. O mais velho o seguiu até a cozinha, onde encontraram panquecas e chá.

— Bom dia, tio. — O ômega ficou na ponta dos pés e selou a bochecha de Wayne, que sorriu.

— Bom dia garotos.

Eddie acenou e mandou um beijo distante, em seguida se sentou e não tardou a devorar todo o café da manhã. Seu tio chegou a brigar com ele, já que poderia engasgar, mas não deu a mínima e correu até o andar de cima na intenção de pegar sua bolsa.

Não estava animado para o primeiro dia de aula, afinal, como todos os anos anteriores, os rapazes do time de basquete pegariam em seu pé e aquilo desanimava-o, mas em contrapartida, veria Gareth depois de três meses. Eddie não se deu o trabalho de esperar pelo irmão mais novo quando saiu de casa, mesmo que ouvindo um “idiota!”. Eddie jogou seu skate no chão e colocou um pé sobre ele, antes de empurrar com o outro e seguir seu caminho, colocando seu walkman no bolso e seus fones no ouvido. Alguma música dos Queen tocava, e ele cantarolava sem prestar muita atenção sobre onde estava indo.

Mas, em um baque, Eddie parou no chão. Seus fones caíram junto a ele, e o Alfa ouviu risadas vindo atrás de si. Virando a cabeça para trás levemente, pode ver com clareza o rosto já tão conhecido por ele.

Harrington e seus amigos — quase cobaias na visão de Eddie  — alfas estavam o rodeando.

— Harrington.

— Munson.

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DEFINITELY (NOT) ÔMEGA  (𝑶𝒎𝒆𝒈𝒂𝒗𝒆𝒓𝒔𝒆)Onde histórias criam vida. Descubra agora