Capítulo 1

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Boa leitura,pessoal!❤️✨

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24 de Outubro de 1991

-Você está estranha.-Kizashi disse de repente enquanto pintava seus cabelos.

-Impressão sua.-disse passando mais uma camada de rosa escuro em seus cabelos.

-Bubu,eu te amo mas...sua linguagem do amor certamente não é tão expansiva e você já me falou umas cinquenta vezes que me ama hoje,está me beijando tanto que minha boca está até inchada e fez meu prato favorito,você odeia fazer anmitsu,e não é nem meu aniversário...-ele enumerou ignorando minha declaração.

Eu não estava surpresa dele ter percebido que eu estava estranha,ele era a pessoa que mais me conhecia no mundo todo,éramos amigos desde os seis anos e aos dezesseis nos casamos.

Kizashi Haruno havia entrado na minha vida talvez da pior maneira possível. Lhe dei uma livrada antes mesmo de perguntar seu nome. Tinha um garoto que vivia me perturbando na escola,puxando minha trança quando eu andava pelos corredores,certo dia eu estava irritadíssima e senti alguém nas minhas costas,sem pensar duas vezes eu virei o livro pesado que eu tinha em mãos na cara da pessoa. Qual não foi a minha surpresa quando notei que era apenas o aluno novo com um cabelo rosa estranho? Ele me encarava confuso,um tanto atordoado,meio acordado,meio desmaiado...Eu lhe dei um tapa na cara e ele acordou assustado. A primeira coisa que ele me disse foi:

-Eu morri...? Juro que estou vendo um anjo,Senhor...

Obviamente lhe dei outro tapa para ver se ele parava de delirar e não é que funcionou? Achei que ele fosse me odiar mas depois ele grudou em mim igual um carrapato.

Eu e ele tínhamos muito incomum,coisas boas como o gosto musical mas...ruins como a situação em nossas casas.

Meu pai me odiava porque eu me parecia com a minha mãe e odiava minha mãe por tê-lo deixado por um homem rico comigo. É,a mãe e o pai do ano,eu sei. No início ele só não me dava amor mas...isso dá para...conviver até,com o tempo aprende a amar-se a si mesma pelos outros mas quando fui ficando mais velha,fui ficando mais e mais parecida com minha mãe e então sua raiva ganhou um direcionamento. Ele era um bêbado,sequer sabia às vezes que estava batendo em mim e não na minha mãe,perdi a conta de quantas vezes o cinto não estalou na minha pele com ele me chamando pelo nome dela e me mandando não chorar,dizendo que a culpa era minha. Eu sabia que não era minha culpa nenhum de seus problemas,nem o fato de minha mãe ter o abandonado,entretanto,o que eu poderia fazer? Certo,iria embora mas...para onde? Com que dinheiro? Bom,aos dez eu já estava trabalhando em um plano,trabalhava em um mercadinho empacotando as compras dos clientes e ganhava um pouquinho de dinheiro,às vezes a gorjeta era boa,aos treze virei caixa de farmácia e aos quinze estava trabalhando como garçonete em uma lanchonete bem movimentada da pequena cidade no interior da Flórida.

A situação de Kizashi também não era boa,sua mãe era definitivamente uma das pessoas mais cruéis que já conheci,ela o tratava como um lixo desde...desde sempre,o único amor que ele havia recebido havia sido da avó que faleceu quando tínhamos doze anos. Sua mãe era viciada e alcoólatra e sempre que estava sob o efeito dessas substâncias,se tornava agressiva-ao contrário do meu pai que era sempre agressivo na mesma medida.

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