Capítulo 6

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- Onde posso colocar a toalha molhada? – grita, creio que está no banheiro ainda.

- Deixa aí, depois vejo isso. – respondo sem tirar os olhos do celular em minhas mãos.

Após jantarmos, pedi para ele dormir aqui comigo. A resposta que me deu, tirou um leve sorriso meu.


- Só se não vier com o papo que quer ficar de conchinha. - aponta. - Essa porra deixa meu braço dormente e é desconfortante após dez minutos.

- Claro que vamos dormi de conchinha. - provoco.

- Sem chance. - caminha em direção a porta. - Vou embora.

- Ok! Sem conchinha. - me rendo. 


Infelizmente, amanhã ele terá que sair mega cedo para o trabalho. Mas, prometemos passar o próximo fim de semana juntos. Na realidade, ele deu a ideia e me convenceu.

Sei que está fazendo isso por preocupação e fico mal, em o deixar assim. Porém, não posso deixar de assumir que estou amando isso. Nunca tinha imaginado que ele fosse fazer tais coisas.

Surgir aqui hoje, me deixou surpresa e no mesmo tempo, grata.

- Estendi na porta do Box. – avisa ao entrar no quarto.

- Ok! – respondo sem olhar, mantenho minha atenção nos e-mails, especificamente no da minha agente, me cobrando o envio do conto que escrevi em homenagem a Thamy.

- Qual lado? – ele pergunta do nada, o que me buga na hora, pois não sei do que se trata, então desvio os olhos do celular e o encaro e na hora, desvio para o chão.

- Você não irá dormir assim do meu lado. – o aviso.

- Não pretendia. Ia te pedir aquele short que esqueci aqui semana passada. – diz divertido. – Já me viu pelado, garota. Para de graça.

- Amigos, Cristian. – me levanto da cama. – Entenda isso.

- Ok.

- Vou pegar seu short na lavanderia. – informo indo para a porta, mas ao chegar perto dele, me segura pelo braço e se coloca a minha frente, me impedindo de fugir.

Mantenho meus olhos em sua testa e penso em gatinhos fofinhos que vi nos vídeos na internet. Mas uma maldita gota de água sai de entre seus cabelos castanho, o que me chama atenção e prende meus olhos em todo seu percurso.

Logo passa por toda sua testa, depois entre suas sobrancelhas grossas e cheias. Segue pelo desenho de seu fino nariz e parando por fim em seus lábios finos.

Ele não diz nada, mas sinto suas mãos em minha cintura, me puxando para si.

Passo os dedos trêmulos por seus lábios, o molhando assim com a água que a gota deixou pelo seu rastro.

- Amigos se beijam. – diz antes de encostar seus lábios nos meus de forma dura, que só ele sabe como gosto. - Estava louco para fazer isso a uns dias já.

Não consigo o responder, as palavras me escapam.

Sinto como se meu coração fosse sair pela boca ou ouvido, de tão acelerado que estar. Minhas mãos não param de tremer e todo o meu corpo, sente uma quentura que parece aumentar, cada vez que ele passeia com suas mãos da minha coluna a minha bunda, apertando.

- Preciso de você. - confesso. - Estou morrendo de saudade do Zé dentro de mim.

- Se fosse a um tempo atrás, quando nos conhecemos, juro que estaria mole agora, só pelo fato de chamar meu pau de Zé. - comenta, beijando meu pescoço e mandíbula.

- Menos papo, mais ação. - digo tirando meu blusão numa puxada só, o retirando pela cabeça, com a ajuda dele, me livro da minha calcinha preta.

- Gostosa. - elogia, olhando meu corpo, de forma que me faz sentir ser a mulher mais gostosa do mundo. - Minha!

- Todinha sua. - confirmo.

Dele.

Apenas Dele.




Não esqueça daquele voto maroto nos capítulos ;)

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