when can i come back?

49 11 12
                                    

09/09/22

- Querido, você sabe que fez a coisa certa. - a mãe de Harry diz, sentada na ponta de sua cama. - Quem sabe agora você não consiga arrumar uma garota... - Harry dá-lhe um olhar cortante. Desconfortável, ela limpa a garganta. - Digo, uma pessoa boa pra você e que esteja ao seu, hm, alcance, entende?

O negócio é que Harry estava em seu quarto, se esforçando muito para não deixar seu choro e soluço doídos saírem pelas paredes (o que ele declarou ter sido uma missão falha quando sua mãe abriu a porta abruptamente com um olhar de preocupação).

- Não, mãe, eu não entendo. Louis sempre foi uma pessoa boa pra mim, e ele não é inferior a mim por estar na situação que está, ou... Estava. - ele a responde com indignação, mas a última parte não passa de um sussurro confuso. - Será que você pode, por favor, parar com esse papinho de sempre e me deixar sozinho? - é o que ele fala em um tom cansado.

Ela suspira e franze os lábios em discordância, mas deixa o quarto depois de dá-lo um beijo na testa.

Tudo que Harry precisava no momento era o apoio de seus pais e o colo deles - que deveria ser reconfortante - para chorar, porquê agora já faziam 5 fodidos meses que ele não tinha notícias de Louis. Ele não tinha ideia de como o mais velho estava e ele não podia evitar sofrer pela incerteza do bem estar do amor da sua vida.

E mesmo sua mãe tendo se mostrado um pouco sensível sobre o término, dando a Harry uma falsa esperança quando o abraçou e repetiu que ficaria tudo bem enquanto ele se engasgava em lágrimas a cinco meses atrás, tudo que Anne soube dizer durante esse tempo todo é o quanto isso foi um sinal de que ele devia namorar uma garota. Desmond nem se fala... Ele ao menos se esforçou para tentar esconder sua felicidade quando soube que Harry e Louis haviam terminado, mesmo sabendo o quão abalado seu filho estava.

É por isso que depois daquele dia, todas as vezes que Harry chora, tenta fazer o mínimo de barulho possível, afundando seu rosto no travesseiro e seu corpo embaixo dos cobertores para não precisar ouvir coisas inconvenientes de seus pais - coisas que ele sabe que o farão chorar ainda mais.

Porém, parte do que Anne disse é verdade. Ele sabe que fez a coisa certa, tanto para ele quanto para Louis, mas não consegue deixar de sofrer pelo seu amor.

De sentir saudades de tê-lo consigo.

Ele sente saudade de, nos dias bons, chegar ao apartamento de Louis depois da faculdade e se embolar com ele no sofá para assistir qualquer besteira que estivesse passando, tendo Louis acariciando seus cachos até ele dormir pelo cansaço. De passar os fins de semana dormindo de conchinha com ele, às veses saindo para algum lugar e às vezes ficando em casa implorando para Louis cozinhar para ele, o enchendo de beijos quando ele cedia. Harry sente falta dos beijos dele. Do cheiro delicioso dele, de ser amado por ele. De ouvi-lo o chamando de Hazza, meu menino e meu garoto, minha vida, amor ou meu amor e meu Solzinho (quando na verdade era claramente Louis quem iluminava a sua vida). Ele sente muita saudade de ouvi-lo dizer que o ama.

É dolorido escutar de sua mãe que agora ele pode achar uma pessoa boa para ele quando Louis é a melhor de todas as pessoas, sempre o fazendo se sentir tão completo e seguro e em casa. E o que mais dói é ouvi-la dizer que Louis não está ao alcance dele - que porra? - quando ela sabe de trás para frente, tanto quanto Harry, os motivos para o homem ter se entregado a tantas coisas ruins em sua vida. Ela sabe que não foi uma escolha dele, mas essas coisas ruins, de acordo com ela e o marido, destruíram a vida de Louis e destruiriam a de Harry também.

Por sorte, hoje foi seu dia de folga no trabalho e ele pôde ficar o dia inteiro enfurnado no quarto e encolhido em sua cama, sem precisar dar explicações a ninguém.

That's WhenOnde histórias criam vida. Descubra agora