Afrodite [MiChaeng]

Χ; χ (Qui): Da Aflição À Promessa

#Minadite

Em um antigo reino grego, quando as Divindades ainda se faziam presentes entre os mortais, havia três irmãs, filhas do rei daquelas terras.

Tais princesas sonhavam em encontrar o homem perfeito para elas. Duas destas desejavam que seu futuro cônjuge fosse um destemido general, um belo príncipe ou um homem de muitas posses e influência.

A terceira irmã, por outro lado, não desejava nada daquilo. Seu nome era Psiquê e ela apenas desejava alguém de bom coração e que realmente a amasse.

As irmãs de Psiquê a julgavam por não ser ambiciosa e, tendo tão grandiosa beleza, sentiam inveja.

Não se pode negar a beleza das irmãs de Psiquê. Conquanto, esta era a mais bela.

Tão grandiosa era sua beleza que seus súditos e viajantes de terras distantes vinham ao seu encontro apenas para apreciar a beleza da princesa, a qual muitos se atreviam a dizer ser maior que a da Deusa Afrodite.

A Divindade da Beleza, se sentindo ofendida por tais afirmações e por ter seus templos abandonados em virtude de Psiquê, a planejou vingança.

Convocou seu filho, o Deus Eros, e deu a ele a missão de acertar Psiquê com uma de suas flechas e fazê-la se apaixonar pela criatura mais horrenda que existisse.

Não contrariando sua mãe, Eros acatou a ordem e partiu para o reino da bela princesa.

Chegando ao palácio no ponto mais alto da noite, Eros entrou no quarto de Psiquê voando pela janela e, antes de executar a tarefa imposta por Afrodite, o Deus alado se aproximou da mortal movido pela curiosidade.

Ficou encantado com a beleza da princesa e entendeu o motivo de Afrodite estar enciumada.

Alheio à serenidade da que dormia, Eros feriu acidentalmente a si próprio com uma de suas flechas quando viu Psiquê se remexer sobre seu leito.

Eros se apaixonou perdidamente por Psiquê e não foi capaz de realizar a tarefa imposta por Afrodite que traria males à princesa.

Passou-se um tempo e Psiquê, não sabendo nada do que acontecera, continuava solteira e suas irmãs a cada dia tinham mais e mais pretendentes.

Suas irmãs zombavam da situação e o rei tentava consolá-la pela falta de pretendentes. O que eles não sabiam era que isto era obra de Eros, o qual se recusava a implantar nos homens a paixão por Psiquê.

Preocupado, o rei se dirigiu ao Oráculo de Delfos em busca de respostas, onde uma Pitonisa, intermediando entre o rei e o Deus Apolo, preveu que Psiquê se casaria com uma criatura alada perversa.