Naruto: O Sábio da Areia

Sábio da areia Fim (5)

O tempo sempre parece longo, algo que nunca irá passar ou terminar tão rápido, mas ele é caprichoso e sempre vai e vem quando quer. A segunda guerra ninja já dura quase cinco anos, cheio de sangue e morte, com o nível de violência civil muito acima do que foi a primeira guerra.

Akashi nesse momento estava terminando de treinar novos órfãos que ele recebia constantemente de todos os seus subordinados quando saíam para missões, ao ponto que ele foi dado o título de Professor.

Era um tipo de escape para Akashi depois de manchar suas mãos em tanto sangue por tanto tempo e não enlouquecer. Seu irmão Sasori se afundava cada vez mais em sua obsessão da arte eterna em relação as marionetes. Isso só fez Akashi mais ansioso, pois seu instinto o alertava que algo de ruim aconteceria se ele não intervisse.

Akashi começou a passar mais tempo perto do irmão gêmeo, sempre demonstrando e dizendo o quanto ele o amava, como ele era o único que o entendia, e sua única família de sangue. Akashi passava a maior parte das noites dormindo no quarto de Sasori abraçando o irmão como faziam quando eram mais jovens.

Sasori conseguia sentir o medo do irmão e a preocupação sobre ele estar se afastando da empatia humana. Sasori suspirou que a ligação deles não podia esconder nada um do outro. Assim como Sasori também sentiu que seu irmão estava sofrendo por ter tantas mortes em mãos.

Sasori e Akashi nasceram para serem artistas, mas o destino os transformou em ninjas que tinham que jogar fora as emoções, para serem transformados em máquinas de matar sem emoção. Ambos sabiam o que estava no coração do outro, mas isso só os fez se unir cada vez mais, tentando manter o último resquício de humanidade em cada um.

Um dia, Akashi contou ao irmão que teria que se ausentar da guerra, pois ele iria treinar senjutsu com o sábio do clã Escorpião, para ter a força suficiente para acabar com essa guerra.

- Onii-chan, por favor, espere por mim. Eu sinto que sua ligação com esse mundo está à beira de quebrar. Mas antes de tomar qualquer decisão, por favor espere que eu volte. Seja para abraçar você pela última vez, ou tentar convencê-lo a ficar ao meu lado. Por favor, me prometa. – Sasori olhou para seu irmão que o encarava com seus olhos vermelhos brilhantes com pupilas em fendas como uma besta angustiada.

- Eu prometo, Nii-chan. Não importa qual decisão eu tome, eu vou esperar você voltar e dar um fim nessa guerra. – Sasori prometeu, e dentro dele essa foi a promessa final que ele iria cumprir antes de partir, pois sentiu que a vila prendia e definhava sua arte de crescer, mas por causa do único ser que ele amava e considerava família, ele esperaria.

Akashi olhou diretamente para a expressão determinada do irmão que ele segurava o rosto infantil em suas mãos, e beijou a testa dele com seu coração angustiado ao ver a frieza cada vez mais forte naqueles olhos castanhos que ele viu desde que nasceu.

Um ano se passou.

Akashi treinou duramente no ninho dos escorpiões, onde foi treinado diretamente pelo sábio do clã, e ao fim de um ano, Akashi se tornou um verdadeiro sábio e mestre do senjutsu. O mundo ninja deu origem a um verdadeiro Sábio, superior até a Jiraya, o sábio do sapo de Konoha com uma transformação perfeita, com apenas seus olhos vermelhos ganharem um tom amarelo avermelhado com sombras ao redor dos olhos pretas.

Finalmente Akashi retornou à aldeia da areia, e dispersou seu clone das sombras que tinha deixado na ANBU para coleta de informações e comando dos ninjas abaixo dele.

Um grande golpe foi dado nas cinco aldeias. Em Konoha, um dos anciãos da folha, Danzo Shimura foi emboscado e dado como desaparecido. Em Kumogakure, o sandaime Raikage morreu para proteger seus companheiros na frente de dez mil ninjas inimigos, morrendo de pé. Em Kirigakure, o banho de sangue entre os clãs de Kekkei Genkai começou a piorar, fazendo muitas famílias se dispersarem pelas nações elementais, com o clã Yuki do gelo, e vários clãs estranhos chegando na aldeia da areia, para a felicidade e infelicidade do Kazekage que apenas suspirava que a montanha de papelada continuava a aumentar, mesmo que ele usasse clones das sombras.