O Atendente

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Bom como vocês sabem meu nome é Augusto Bonfim, sim eu amo meu sobrenome, eu tenho 1,78 de altura e sou mestiço sabe? tipo meu pai é pardo bem grande e minha mãe é loira clichê, eu tenho o cabelo loiro escuro e os olhos um mel esverdeado e pele parda puxei a minha querida mamãe, eu faço academia naquelas por que eu me sentia feio e descontava na academia, mas quando eu sofria uma desilusão amorosa eu parava de treinar e perdia a vontade e me desconectava de mim, não sei explicar.

Enfim, minha vida estava só começando, passei na faculdade dos meus sonhos, psicologia, meus pais e eu pulamos de alegria era um misto de sentimentos eu iria fazer algo que eu sou apaixonado, más eu tinha um aperto no coração de deixar meus amigos, sou frio pra caralho "por fora", já por dentro eu era uma gelatina molenga se tu falasse qualquer coisa eu chorava.

Bom, eu e meus pais fomos comemorar em uma lanchonete bem famosinha da liberdade, chegando lá. já avisto o atendente, aparentemente tinha uns 23 anos, alto não sei ao certo, um corpo que era aparente que já fez academia e uma leve barba cabelos castanhos e cacheadinho aquele corte disfarçado e tinha um olhinho puxado, bem de leve.

Senti algo quando ele me olhou, mas eu não me importei por conta de todas as desilusões que tive tanto com homem quanto com mulheres, fui lá no caixa/balcão e disse:

Eu- Boa noite!- digo sorrindo.

Atendente- Boa noite, o que deseja?- disse ele olhando nos meus olhos e sorrindo, aquele olhar parecia sugar minhas energias.

Gelei e peguei o cardápio ao lado do caixa e disse:

Eu- Quero três combos de hamburguês de bacon, por favor!

ele anotou meu pedido e meu deu o papel com o valor e a senha. e diz:

Atendente- Aqui, volte sempre - disse olhando nos meus olhos e sorrindo da mesma forma.

sentei-me com meus pais em uma mesa perto da janela que por sinal era enorme, fiquei fofocando com meu país e senti que estava sendo vigiado e olhei tipo pro lado e o atendente gato me olhava, por um momento eu me perdi, e fiquei olhando também em sua direção, minha mãe me tocou e perguntou.

Mãe- Ei filho, tá afim dele?- disse-a com um sorriso suave!

Olhei com o rosto vermelho, e disse:

Eu- Não sei mãe, deve ser hetero.- digo sorrindo e feliz pra ela, que está me perguntando algo que pra muita gente é um enorme tabu.

Mãe- Pra mim ele parece estar te encarando, eu acho que ele não é hetero.- disse ela cochichando segurando em minha mão e rimos!

refleti por uns 10 minutos, e logo voltei a dizer que estava muito feliz por ter passado na faculdade disse quase que gritando algumas pessoas olharam e eu fiquei envergonhado, meus pais super felizes também, eles falavam que estavam muito orgulhosos e afins, papo clichê de mãe e pai em filme, nem percebi e o atendente veio entregar os lanches, olhei aquele homem de quase 2 metros e desviei o olhar, ele disse:

Atendente- Aqui senhores, bom apetite.- disse ele sorrindo e servindo meus pais e logo em seguida, me servindo, e me olhando de forma penetrante, me disse:

Atendente- Parabéns, por ter passado na facul, em qual tu passou?- disse ele falando com um sotaque do Rio e sorrindo um sorriso bem lindo esqueci de falar.

Eu- Obrigado moço, passei em psicologia na UNIP- digo olhando pra ele e sorrindo todo bobo.

Atendente- Nossa que coincidência, faço facul lá também, de biomedicina to no 5 período, morava no Rio e vim pra cá só pela facul, alias meu nome é Júlio- Disse ele todo feliz e me olhando daquela forma que me deixava mole.

Eu- Que bacana, coincidência mesmo, meu nome é Augusto, prazer- digo sorrindo e olhando pra minha mãe, meu pai estava debulhando o hambúrguer e a batata, quase terminado e sorrindo pra mim.

Júlio- O prazer é meu, bom apetite, tenho que ir pro caixa boa noite.- Disse ele indo em direção ao caixa e guardando a bandeja.

minha mãe me olhou e disse:

Mãe- Eu te disse!! - me olhando e comendo batata frita.

Eu sorri e comecei a comer meu hambúrguer e beber meu refrigerante até que tenho a mesma sensação de estar sendo vigiado- era Júlio, encarei de volta e sorri, ele percebeu e olhou pra outra direção fazendo um micro sorriso vejo o rosto branco dele ficando avermelhado de vergonha.

Fui lá pagar conta trocamos olhares ele me deu Boa noite fiz o mesmo, paguei a conta no cartão tinha dado, 120,00 reais achei caro peguei a notinha e sabe quando as mão se encostam ele segurou e parecia que ele queria perguntar algo, logo desistiu e soltou. Dei tchau e nem esperei ele falar sai de lá boiolinha parecia que, sei lá nem eu sei explicar pensei que era besteira e que eu tava inventando isso na minha cabeça e que era tudo ilusão e que ele só foi simpático entrei e minha mãe falou vamos?

Eu- Sim, mãe- digo olhando as mensagens de Camila

Meu pai é mudo e surdo então ele se comunica através de linguagem de sinais.

sabe? e se eu me apaixonar?Onde histórias criam vida. Descubra agora